Fomos duplamente surpreendidos em família nessa semana. Primeiro, a notícia do acidente envolvendo o jovem Rafael Sussel Decleva, na estrada Assis>Paraguaçu Paulista (SP-333, rodovia Manílio Gobbi). Ele de moto, um irresponsável de Saveiro. Moto sendo ultrapassada, recebendo um toque da Saveiro e um tombo no asfalto áspero e quente, sob sol de meio-dia no domingo passado.
Ontem à noite chega outra notícia do Hospital Regional. A pior de todas as notícias. Aquele tombo de moto levou o filho de minha prima Terezinha Sussel para a UTI. E de lá ele não volta mais com vida. Partiu, deixando esposa, filho e a herança vital de seus órgãos, doados na totalidade, pois tratava-se de um homem de 31 anos extremamente saudável.
É a terceira baixa na família Sussel em 2013. A quarta em um ano. Primeiro Tica, prima de minha mãe, Luzia. Depois, Dinho, primo. Mais recentemente, tia Carmem, que era avó de Rafael. Vó e neto reencontram-se, agora, menos de seis meses após a despedida.
Terezinha, muito mais que prima, é minha amiga de profissão. Demos aulas, juntos, na escola Léo Pizzato, no Jardim Paraná. Trabalho em família, pois Laura Sussel, irmã de Terezinha, era vice-diretora. Nas nossas conversas, sempre, o orgulho nos olhos e na boca que tão bem falava dos três filhos. Olhos agora inconsoláveis de uma mãe que padece da que, imagino, seja mais aguda das dores. A dor da perda de um filho.
Atualização - 17h15: A empresa funerária São Vicente informou aos amigos e parentes que encontravam-se no velório da Catedral de Assis, há pouco, sobre o adiamento no horário de chegada do corpo de Rafael Sussel Decleva. Doador de órgãos, ele, que gozava de saúde física plena, deu nova oportunidade de vida a pacientes que aguardavam nas filas de transplantes em outras cidades, inclusive fora do Estado de São Paulo. Assim, seu velório começará às 19 horas. O sepultamento está programado para as 9 horas da manhã de amanhã.
Atualização 2 - 11h07: Estamos iniciando, paralelamente, levantamento para ao menos tentar identificar o condutor da Saveiro, de cor branca, que provocou o acidente envolvendo nosso Rafael Sussel Decleva. As informações têm chegado desconexas, mas perpassam por características semelhantes, tais como: o veículo teria entrado/saído do/no Jardim Rezende, seria conduzido por um jovem (alguns supõem que seja menor de idade) e teria um acompanhante. Com o choque a parte direita da caçamba da Saveiro teria sido riscada e o friso, arrancado.
Rafael foi sepultado há pouco, no cemitério de Assis, sob a dor da família e o inconsolável sentimento de perda de Hosana, esposa, e Terezinha, mãe. Não classifico sua morte como incidente ou acidente. O irresponsável que estava ao volante da Saveiro precisa ser identificado e responder pelos crimes de homicídio (para mim, doloso e não culposo, pois ele assumiu o risco de matar a vítima ao proceder a ultrapassagem nas condições especificadas na ocorrência). e omissão de socorro
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