segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Súmula dá responsabilidade a 'bandeirinha' na expulsão de Fernando

Cláudio Messias*

Vergonhosa. É dessa maneira que defino a forma encontrada pelo árbitro Vinícius de Araújo para a expulsão do volante Fernando, do Assisense, na derrota por 2x1 para o Cotia, ontem, no estádio Tonicão. Segundo o árbitro, o comunicado sobre a suposta agressão foi feito pelo auxiliar 2, Mauro André Freitas. Diz a arbitragem, na súmula do jogo, que Fernando agrediu o jogador João Carlos, do Cotia, com um tapa no rosto.

Pela manhã, hoje, assisti ao informativo Bom Dia Cidade, na TV Tem, na expectativa de encontrar a íntegra do lance em que o volante Fernando, do Assisense, teria agredido o jogador do Cotia. Mas, como comentei aqui, no Blog, em postagem anterior, o lance seguiu com o time de Assis saindo da defesa e partindo para a intermediária, ou seja, longe dos olhos do árbitro principal. A ponto de o mesmo reconhecer, na súmula, que precisou de apoio de seu auxiliar. Enfim, o repórter Alexandre Azank até fez menção, na TV Tem, ao lance da expulsão, mas a imagem não capta o momento da suposta agressão.

De minha parte, ressalto o que vi. Naquele momento, aos 31 minutos do primeiro tempo, eu observava a forma tática com que Assisense e Cotia compunham os espaços no campo. Como o Assisense estava, no exato momento, se defendendo, meu olhar enquadrava o time da casa na formação 3-5-2, ofensiva, e tentava confirmar o Cotia em 4-4-2. Eu estava, portanto, olhando para a linha defensiva capitaneada por Fernando, do Assisense, e avistei o exato momento em que houve o choque entre os dois jogadores envolvidos. O que vi, na realidade, foi um lance involuntário em que Fernando, ao dar impulsão para apoiar a formação de contra-ataque, movimenta os braços e, de costas para o adversário, realmente entra em choque. Nada, contudo, com a intenção de atingir ou agredir, pois todos sabemos que trata-se de um dos jogadores de melhor comportamento na equipe.

Minha primeira convicção era de que o fraco árbitro Vinícius Araújo tomara a decisão de expulsar Fernando sem ter visto o lance, uma vez que encontrava-se no círculo do meio-campo quando tudo aconteceu. Somente com a bola saindo em lateral ele percebeu o jogador do Cotia caído e, sob pressão do time visitante, dirigiu-se até Fernando, que estava de frente, e aplicou-lhe cartão vermelho. Expulsou, portanto, pelo que não viu.

Agora, outra irregularidade grave no desdobramento que levou à expulsão. Se Vinícius de Araújo realmente foi informado pelo auxiliar, como relata na súmula, que surjam imagens que formalizem seu diálogo com esse assistente. Afinal, foram segundos de tempo entre a bola sair para a lateral e o árbitro dirigir-se a Fernando e expulsá-lo pelo que não viu. Ora, se o auxiliar viu tal agressão e tinha algo a comunicar, então por que não levantou a bandeira, chamou o mediador do jogo e informou-lhe sobre o fato ocorrido? As imagens das emissoras de TV estão disponíveis e comprovam isso que aponto: o quarto árbitro nada sinalizou para o árbitro principal. E o auxiliar 2 estava do outro lado do gramado, sem levantar a bandeira. Se o comunicado foi feito por rádio, isso só aumenta ou piora o problema, uma vez que oi senhor Vinícius de Araújo não deixou isso claro.

Continuo considerando essa expulsão muito estranha e fora do que tenho acompanhado no comportamento de árbitros profissionais nas competições que assisto, pela TV ou direto das arquibancadas e cabines de imprensa. Comprovação de que o Assisense é uma equipe comportada, não violenta, pode ser vista na estatística que a própria Federação Paulista de Futebol disponibiliza. Afinal, é um time que cometeu, em 3 jogos, somente 44 faltas, o que corresponde a menos de 15 faltas por jogo. O Cotia, beneficiado com a expulsão por falta simulada, cometeu 48 faltas em 3 jogos. Dos 4 times do grupo 20 o Assisense é aquele com menos faltas cometidas.

Na própria súmula o árbitro Vinícius de Araújo formaliza que durante os 90 minutos o Cotia foi mais faltoso. O time visitante, segundo a súmula, cometeu 20 faltas, ante 15 do Assisense.

Duas vezes Cotia - No histórico do auxiliar Mauro André de Freitas, na Federação Paulista de Futebol, existe uma coincidência. Ele foi bandeirinha de dois jogos do Cotia nessa quarta fase da Segundona, em pouco mais de uma semana. Seu nome está na súmula do empate Cotia 0x0 Água Santa, realizado em Indaiatuba no dia 23 de setembro. Mauro foi auxiliar 1 naquela partida, que não teve jogadores expulsos. Também no site da Federação ele aparece em 30º lugar no ranking de auxiliares do futebol paulista.



Imagem: site da Federação Paulista de Futebol

Observação feita pelo árbitro, em que repassa a 
responsabilidade do flagrante de agressão ao auxiliar 2



Fotos: Blog do Messias

A chuva prejudicou o foco da imagem, que mostra o 
árbitro logo após a expulsão de Fernando, longe do auxiliar 2



Fernando, desolado, acompanha o final do primeiro tempo, à distância


*Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.

Assisense e a semana para colocar a casa em ordem na Segundona

Cláudio Messias*

O Clube Atlético Assisense tem de hoje até quinta-feira para, como diz a metáfora, sair das cinzas e materializar-se novamente. Sim, o Falcão do Vale vai precisar transformar na Fênix caso queira chegar à Série A-3 de 2014. Tarefa difícil, mas não impossível. Agora, tendo de contar com o fator sorte, sem depender da própria competência.

Agora chega o momento de eu criticar o formato de tabela que a Federação Paulista de Futebol estabelece para a disputa da Segundona. Dono de melhor campanha nas fases 2 e 3 do torneio, o Assisense chegou à quarta fase não sendo contemplado com a decisão do returno em seus domínios. Isso porque Água Santa e Inter de Bebedouro, donos de melhor campanha na soma geral de pontos e grupos, gozaram desse privilégio. Incoerência que repete-se, pois adversários diretos do Assisense no campeonato decidiram o último  jogo de cada fase e deram adeus ao torneio. Relembremos o Fernandópolis e o Taboão da Serra  na segunda fase, o União Suzano, na terceira e, agora, a própria Inter de Bebedouro. Vejamos o Cotia, o pior classificado entre os 8 em disputa, fazendo dois jogos em casa, no returno, enquanto o time de Assis, com melhor campanha, faz apenas uma.

O Assisense estreia no returno da quarta fase no próximo sábado. Vai a São Paulo, mais precisamente ao estádio da Rua Javari, do Juventus, onde o Cotia, que não tem estádio aprovado, excepcionalmente mandará seus jogos nessa reta final. É o primeiro de três jogos decisivos, dois deles fora de casa. Pior ainda, o time de Assis recebe, no único jogo em casa, o Água Santa, que não sabe o que é perder nessa quarta fase. Tarefa difícil, mas não impossível. Calculadora e terço na mão, vamos ao que tem de ser feito prática e holisticamente.

Vencer ou vencer - O primeiro e principal desafio do Assisense é vencer o Cotia, sábado, fora de casa. Com isso, o time de Assis vai a 6 pontos, fica 1 ponto à frente do rival e passa a ter dois jogos para somar pontos e manter-se na segunda colocação. 

Assim, considerando que na rodada do meio da próxima semana o Cotia receberá a Inter, que terá saído de um jogo com possível derrota, na rodada anterior, na casa do Água Santa, e já estará eliminada, o Assisense recebe o líder do grupo, no Tonicão, com obrigação de vencer. Digo isso porque em caso de empate aqui em Assis e vitória do Cotia na mesma rodada, este abrirá novamente 2 pontos sobre o Falcão do Vale, jogando a decisão para a última rodada.

Percebamos que a essa altura da reta final chegamos à derradeira rodada da quarta fase com o Água Santa não só já classificado, como somando 11 pontos, caso advenha, na pior das hipóteses para eles, de empate com o Assisense. No confronto derradeiro, em casa, contra o Cotia, o líder do grupo teria de perder por diferença de pelo menos 4 gols para não confirmar a liderança da chave e, assim, ser um dos finalistas da temporada 2013 na Segundona. Uma relaxada do Água Santa, que é normal, e o Cotia pode tirar proveito, vencer o jogo por 1 a 0, por exemplo, e tirar a vaga que ainda seria sonho do Assisense.

Não resta outro objetivo ao Assisense a não ser repetir a determinação que o levou a vencer a Inter de Bebedouro, no Tonicão. E isso precisa ocorrer três vezes, contra Cotia, Água Santa e Inter, nesse returno. Ou seja, toda a estratégia usada durante o campeonato, de segurar resultados ou admitir hipóteses de empates dentro e fora de casa colocam em risco o planejamento de um ano inteiro. Que o time pense grande, definitivamente.

Se você, raro e exceto leitor, perguntar o que eu acho, sou sincero em responder: está difícil. O time do Assisense é bom, assim como é boa a comissão técnica. Só que nós temos um ótimo Cotia e um excelente Água Santa. À Inter de Bebedouro resta a condição de razoável, pois não creio que exista equipe ruim nessa quarta fase. Basta olhar para o grupo vizinho, o 19, e ver o equilíbrio com que Atibaia, Tupã, Paulistinha e Matonense estão digladiando, exatamente agora, pelas duas vagas. Nem lá, nem cá existem equipes ruins, pois essas ficaram pelo caminho até a quarta fase.

A questão é que agora existem equipes boas para ficar com as duas vagas de cada grupo na Série A-3 e equipes boas que não ficarão coim a vaga. De oito times, metade vai amargar o "quase".

Ontem, o que eu vi no Tonicão foi um Cotia que não se entregou em campo. Em momento algum eu vi um visitante que tivesse nos planos sair de Assis com o empate. Como ressalto, sempre, aqui, só falo sobre aquilo que vejo. Se não vi, não comento nem dou opinião. Mas, vi o empate Cotia 0x0 Água Santa, pela STI Esporte, na primeira rodada da quarta fase. E já lá teci elogios ao time que veio a Assis e foi o primeiro, nesse campeonato, a sair com 3 pontos. O Cotia foi melhor que o Água Santa naquele sábado à tarde. Ou seja, foi melhor que o melhor entre as 8 equipes que disputam a penúltima fase. E isso lhe dá a condição de ser melhor que o Assisense, como mostra a tabela de classificação nesse momento.

Recordemos que frente à Inter de Bebedouro o Assisense já precisou virar o jogo, depois de sair perdendo. Tudo bem, méritos do técnico Venâncio, que sabia gerir a equipe de maneira a inverter resultados adversos. Só que ontem ocorreu o inverso. O Assisense saiu na frente no placar, perdeu um jogador e foi para o intervalo vencendo. Na volta para a etapa complementar estava taticamente recuado e, como defini em postagem feita aqui no Blog, parecia sentar-se à espera das pancadas do Cotia. Por mais que os jogadores visivelmente quisessem sair para aumentar o placar, o sistema tático cobrado por Venâncio à beira do gramado não funcionava.

O treinador local tem seus méritos, reconheço, para chegar até aqui em condições de brigar pelo acesso. Mas, pelo amor de Deus, que se tenha mais coragem de armar um time que vença. Sinto nos jogadores a vontade vencer, mas não vejo uma estratégia tática que corresponda a esse coletivo de sede de vitória. 

Cito, nesse ínterim, um momento de ilustração. Armei a máquina para registrar foto do excelente Kairo saindo do gramado no intervalo do jogo. Foi o único a empeitar o péssimo árbitro, que estava ao centro. Ganhou duplamente a minha consideração, pois entendo que Kairo não deveria ter sido substituído após a expulsão injusta de Fernando e não me conformo que a comissão técnica não oriente um jogador que seja para afrontar determinadas decisões do trio de arbitragem. Ninguém tem de agredir nem ofender juiz ou bandeirinhas, mas também não dá para ser passivo diante de barbáries como a protagonizada pelo senhor Vinícius de Araújo ontem. Apenas encerrando o assunto, não fotografei Kairo saindo para o intervalo porque vi seu semblante de impotência perante tudo, uma vez que havia sido substituído e parecia prenunciar o pior, que viria no segundo tempo. Kairo, eu e a torcida inteira sabíamos que ele não poderia ter dado lugar a um jogador de marcação.

Esse jogo de sábado que vem em Cotia é muito significativo. Primeiro, pelos problemas extra-campo. O Assisense vai a Indaiatuba sem Fernando, um dos principais responsáveis pela guinada de qualidade no meio-campo desse time, da segunda fase para cá. Em compensação, tem o retorno do excelente xerife William Goiano, zagueiro que cumpriu suspensão ontem e que, a meu ver, se estivesse em campo talvez impedisse principalmente o segundo gol do Cotia. A defesa do Assisense, pois, é uma, com Goiano jogando, e outra, sem ele. Jogadas aéreas são habilmente administradas por ele, que passa a ser arma, também, no ataque nas cobranças de escanteio e faltas.

O principal trabalho para a materialização disso tudo a que me refiro, porém, virá do diálogo. Vi uma equipe saindo de campo cabisbaixa e pouco retribuindo aos aplausos e gritos de incentivo da arquibancada, apesar da derrota. Jovens com idade abaixo de 23 anos, que precisam de orientação para que não vejam o Cotia como bicho-papão. Que eles saibam, tenham sabedoria de entender que não fosse a palhaçada do árbitro na expulsão de Fernando e o Assisense teria retornado para o segundo tempo, ontem, para ampliar o placar frente ao Cotia. Enquanto estavam em 11, os jogadores do Assisense eram superiores aos do Cotia. E, todos que fomos ao estádio, recordemos que mesmo com 10 em campo o Falcão do Vale acertou a trave adversária e obrigou o goleiro deles a excelentes defesas quando dos contra-ataques.

Vencer, lá, é possível, sim. E essa vitória dará moral para, no jogo de volta contra o Água Santa, fazer o jogo da vida contra o líder do grupo e, aparentemente, melhor time do campeonato. Vencer o Cotia significará um Tonicão com recorde de público e em festa para receber os guerreiros que tão bem levaram o nome da cidade para todo o Estado até aqui. Se for o caso, portanto, que cada um coloque na chuteira a força que sai de cada coração. Até porque, da parte da comissão técnica, agora, não pode sair outra orientação que não seja essa, a da vitória. E uma vitória de cada vez, pois voltar de Indaiatuba com derrota, todos sabem, significará apenas cumprir tabela.

Atualização - Passei as últimas postagens me referindo a Indaiatuba como cidade onde o Cotia receberia o Assisense no próximo sábado, mas, formalmente, a senhora Federação Paulista de Futebol ainda não havia confirmado o estádio "Ítalo Mário Limongi", do Primavera, como palco do confronto. Foi naquele local que o Cotia recebeu o Água Santa, no primeiro turno, mas, faltando menos de 10 dias para o jogo contra o Assisense, o status, no site da Federação que organiza o campeonato, havia a especificação "a definir". No dia 27, ou seja,  sexta-feira passada, foi feita alteração de local para o estádio "Conde Rodolfo Crespi", o Estádio da Rua Javari, pertencente ao Juventus. Houve um tempo em que clube sem estádio não podia disputar campeonato. Época em que a Federação era mais séria, pois hoje, além do Cotia, também o Água Santa não tem estádio para mandar seus confrontos na Segundona. Não bastasse isso, basta lembrar de Diadema e Taboão da Serra, em 2013, só para citar adversários diretos do Assisense. E fica a pergunta: podem, eles, disputar a Série A-3? Claro que podem, pois, repito, os critérios das Federação Paulista de Futebol são uma piada, e de mau gosto. Aos clubes sérios, que oferecem seus estádios em condições mínimas, resta a situação de fazer o planejamento de viagens em cima da hora, pois clubes nem tão sérios não cumprem suas partes. Pasmem.




*Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.

SABEDORIA POPULAR - Borracharia do 1/2 Kilo, na avenida Glória

FIADO, JAMAIS - 'Meio Quilo' é famoso pelos consertos de pneus, rodas e câmaras de ar de automóveis, caminhões, motocicletas e bicicletas. Afora a profissão, é competente feitor de filhos. E gosta, claro, de uma anedota. Entre um serviço e outro, independente de conhecer ou reconhecer o cliente, solta um comentário ácido sobre política, futebol, religião e até mesmo culinária. Não escolhe assunto e verbaliza o que pensa no momento. Uma coisa, contudo, não precisa falar, repetir ou esclarecer: não faz serviço que não seja pago de imediato. Parente, amigo ou inimigo, todos têm de pagar, e na hora. O recado é dado der uma forma não muito clara, mas que tem construção de sentidos. Perguntei a ele em que sentido o próprio seria serrote e a resposta estava relacionada, digamos, à fertilidade, também conhecida como facilidade de fazer filhos. Explicado.

domingo, 29 de setembro de 2013

PERSONAGENS - Assisense 1x2 Cotia



Chegada ao estádio Tonicão às 9h20: fila para entrar,
provocada pela revista feita pela PM nos torcedores

Cinegrafista da TV Tem registra a fila, de onde saem 
gritos de "sai, refugo do Noroeste"

O repórter Alexandre Azank prefere observar tecnicamente
a câmera a dar-se conta dos gritos hostis que saem da fila

Esse time, hoje, foi guerreiro e no que dependeu da raça, venceu o Cotia

O Cotia mostrou-se um time forte técnica e 
fisicamente, compatível ao Água Santa 


Torcida entra no estádio com a bola já rolando. 
À esquerda, portão de acesso ao setor B fechado

No jogo de hoje, a novidade de PMs munidos 
de escudos, para proteção à arbitragem: premonição?

Jaílton marcou seu 13º no campeonato e manteve 
a regularidade que o time não consegue repetir

A menininha aprendeu, hoje, que ir ao estádio, em Assis, significa
correr o risco de pegar um resfriado caso chova

Com 20 minutos de jogo a chuva bateu no Tonicão

Expulso injustamente, o volante Fernando era só desolação 
e solidão, à distância, vendo o jogo atrás do portão

Com suspeita de fratura no zagueiro assisense, jogo parou por 5 minutos

Outra imagem da vergonha: sem cobertura nas arquibancadas,
torcedores se protegem da chuva onde dá

Sem TV transmitindo ao vivo, voltam as 'analógicas' placas de madeira

Esse cidadão leva de volta para São Paulo 
50% da derrota, hoje,do Assisense

O atendimento ao zagueiro do Assisense continuou, na ambulância

Capa de plástico, chapéu e coragem para enfrentar 
chuva e frio no Tonicão sem cobertura

O engenheiro Nilo Depes estava precavido com capa de plástico,
mas o colega ao fundo precisou improvisar com caixa de papelão

Nas cabines de imprensa, um radialista: Cláudio Pena, figuraça 
conhecida do pessoal das arquibancadas

Na hora em que a chuva aperta, até saco plástico vira cobertura

Demonstração de provocações que partiam do banco do Cotia

Sim, é um policial militar protegendo-se das chuvas

Uniforme branco, de quem acabou de entrar...

... e uniforme sujo, de Jaílton, aos 25 minutos do segundo tempo.

Aos 30 minutos, com a torcida querendo almoçar o trio 
de arbitragem, chegou reforço policial ao Tonicão

A derrota entristeceu o torcedor que foi ao Tonicão,
mas rendeu aplausos vindos da arquibancada

Se não tem tu, vai tu mesmo - Se dentro do estádio não pode,
no bar da frente, pode. E muito.


EU, DA ARQUIBANCADA - Pagar ingresso para tomar chuva no Tonicão


SE DÁ PARA COMPLICAR...

A revista de torcedores que ingressavam no estádio Tonicão fez muita gente sentar na molhada arquibancada depois de a bola já estar rolando. Uma imensa fila foi formada fora do estádio, dada a minúcia com que cada torcedor era revistado. Quem portava guarda-chuva tinha de decidir: ou entrava ou retornava para descartar o objeto tão necessário em manhã chuvosa.

... PARA QUE FACILITAR?

O que indignou a todos é que havia número insuficiente de policiais para efetuar as revistas. Apenas dois fardados procediam as vistorias. Resultado: a fila de torcedores avançava a quadra anterior ao estádio Tonicão, na rua Antônio Zuardi.

ENQUANTO ISSO...

... quem adentrou ao estádio sem guarda-chuva tomou chuva no lombo, carros eram estacionados em locais proibidos em frente ao Tonicão e, sem dúvidas, o clube era impedido de vender cerveja com álcool nos bares dentro recinto. Esse é o país das leis, que servem para uns e outros.

SETOR B

No quesito organização de trabalho, por sinal, Polícia Militar e administração do Tonicão dão provas de que não falam a mesma língua. Se existe setor A e setor B no estádio, então por que a torcida tem de entrar só por um portão, pelo setor A? Não bastaria abrir os dois portões e proceder a revista e o acesso pelos respectivos setores, já que ambos estão não só liberados como ficam, todos os jogos, ocupados por torcedores?

LOTAÇÃO

As cabines de imprensa do Tonicão ficaram lotadas durante praticamente todo o jogo. Jornalistas de TV Record, TV Tem, TV Fema e da própria Federação Paulista de Futebol dividiam espaço com... torcedores. Era o único local do estádio onde se avistava totalmente o gramado e não molhava-se na chuva. Quem ficou sequinha e confortável é a totalidade dos cronistas esportivos da cidade que não tiveram suficiência para comercializar cotas de anúncios e, com isso, dar cobertura ao vivo ao Assisense na temporada de 2013.

LEITE DERRAMADO

A hostilização da equipe de jornalismo da TV Tem não acaba. O repórter Alexandre Azank chegou ao Tonicão sob os gritos provocativos de "agora você vêm, né?", ou então, "sai daqui, refugo do Noroeste". Jornalista e cinegrafista comportavam-se como se a provocação não lhes fosse dirigida.

BAFAFÁ

Nas arquibancadas do Tonicão os comentários giravam em torno de uma suposta confusão que teria ocorrido em São Bernardo do Campo após a goleada de 4 a 0 para o Água Santa. Com ânimos exaltados, teria havido discussão severa entre membros das comissão técnica. Com direito a uma baixa. Informação não confirmada é boato. Logo, nada oficial sobre o ocorrido.

CÔMICO PERECÍVEL I

Raro e exceto leitor daqui, do Blog, cobrou-me no primeiro tempo: "cadê que o campo do Tonicão não presta?", ironizou ele, em alusão à boa condição da grama esmeralda debaixo de chuva.

CÔMICO PERECÍVEL II

Na metade do segundo tempo, quando o Cotia pressionava em busca do segundo gol e permanecia na grande área do goleiro Carlão, do Assisense, o mesmo raro e exceto leitor aproximou-se, na arquibancada, e completou a ironia: "p*ta merda, nem com chuva essa b*sta presta". Um verdadeiro lamaçal foi formado na região da marca de pênalti da área do time de Assis.

CASAMENTO PERFEITO

A união entre as baterias do Falcão do Vale e da V.O. deu ritmo sincronizado ao batuque do Tonicão. Mesmo na ausência do principal líder, Leonardo Ladislau, poucas vezes o batique nas arquibancadas perdeu o ritmo. O peso do apoio da torcida assisense foi tamanho que quando virou o placar o time inteiro do Cotia fez gestos hostilizando as arquibancadas. Em qualquer lugar que tenha árbitro profissional haveria punição com cartão amarelo. Não era o caso, porém, de Vinícius Araújo, o fraco árbitro que meses atrás estava apitando Seleção de São José dos Campos x Seleção de Taubaté, partida amadora.

SEM NOÇÃO

Foram três os lances capitais para que a torcida ameaçasse invadir o gramado do Tonicão nesse domingo. Primeiro, ele expulsou o volante Fernando tendo: 1) ficado de costas para o lance da suposta agressão; 2) ouvido a reclamação dos jogadores do Cotia e, sem sequer consultar seus auxiliares ou o quarto árbitro, tirar o cartão vermelho direto; 3) no lance em que o lateral esquerdo do Assisense levou cotovelada do marcador, na frente de árbitro e quarto árbitro, a bola havia saído em lateral, apontado pelo auxiliar 2; na cobrança, o jogador do Cotia cobrou escanteio, revoltando ainda mais a equipe de Assis, com  total consentimento do fraco árbitro Vinícius Araújo, que minutos antes havia apontado cobrança de lateral. Coisa feia.

PACA, TATU. COTIA, NÃO.

A agonia do torcedor assisense será total no próximo domingo. Sem emissoras de rádio da cidade e da região acompanhando e cobrindo o Falcão do Vale, o confronto Cotia x Assisense ficará restrita a quem for ao estádio "Ítalo Mario Limongi", em Indaiatuba, onde o time mandante leva seus jogos nessa quarta fase. Se não tem estádio, quiçá imprensa cobrindo o Cotia tem.


CONTAS I

Agora, para classificar para a Série A-3, o Assisense precisará traçar suas estratégias. A primeira delas, mais difícil porém sólida, prevê vitória em Cotia, domingo que vem, com duas possibilidades para os jogos restantes: vitória sobre o Água Santa, em casa, no dia 9 de outubro, e empate em Bebedouro, frente à Inter, ou empate com o Água Santa, aqui, e vitória sobre a Inter, em Bebedouro.


CONTAS II

O plano B, menos sólido, prevê empate em Cotia e vitórias sobre Água Santa e Inter, nas duas últimas rodadas do rerturno. Nesse caso, como está dois pontos atrás do Cotia, o empate lá, em Indaiatuba, no domingo que vem, fará com que o Assisense tenha de torcer por um tropeço do algoz em um desses dois jogos. Para piorar a situação, o time de Assis está com saldo negativo de 4 gols atualmente, e esse é um dos critérios de desempate.


CONTAS III

A aritmética é mantida e para classificar, hoje, o Assisense precisa somar 10 pontos. Ou seja, uma derrota no próximo domingo e adeus definitivo à Série A-3, pois ficará 5 pontos atrás do segundo colocado Cotia e precisará, além de vencer o Água Santa e a Inter, torcer para que o  time de Cotia perca para a Inter e não vença o Água Santa.


IMAGEM DO DIA


COBERTURA - Definitivamente, cobertura não é o forte para o Assisense nessa temporada. Sem emissoras de rádio com coragem suficiente para acompanhar o time da cidade nos jogos dentro e fora de casa, o time padece da situação de ver sua torcida sofrer debaixo de chuva e sol. Domingo passado foi sol, hoje foi chuva. Mérito do corajoso torcedor que foi ao Tonicão e tentou, a seu jeito, improvisar na cobertura.


Arbitragem e erro de estratégia derrubam Assisense ante o Cotia: 1x2

Cláudio Messias*

Na saída do estádio Tonicão, minutos atrás, procurei ouvir os comentários feitos nos arredores, para ver se a impressão que eu tinha do jogo Assisense 1x2 Cotia correspondia ao sábio olhar popular. Da raiva lançada sobre a arbitragem, péssima, eu precisava sustentar um argumento que, temia, podia ser só meu. Refiro-me à errônea estratégia de substituições procedidas pelo técnico Venâncio no primeiro tempo, que anularam a criação de jogadas ofensivas do time da casa.

Estranho começar uma postagem falando logo de cara o resultado. Mas, ele está lá, no título, e não tem mistério algum. O Assisense, passados os 90 minutos, colheu algo que ainda não havia experimentado nesse campeonato da Segundona paulista. Conheceu a segunda derrota consecutiva e fez sua torcida saber o que é vê-lo sair derrotado do Tonicão. Para contemporizar isso, só o reconhecimento de que o Cotia é, realmente, uma equipe com nível compatível ao Água Santa, no grupo 20, e merece estar na vice-liderança nessa virada de turnos.

Retomo postagem que fiz aqui, no Blog, anteriormente. Quero entender por que a comissão de arbitragem da Federação Paulista de Futebol coloca no sorteio de árbitro alguém que pouco apitou jogos decisivos nessa temporada, enquanto escala um quarto árbitro com melhor histórico. Tudo bem, é sorteio. O Assisense, portanto, começou sem sorte a rodada, pois o senhor Vinícius Gonçalves Dias Araújo deu provas, hoje, do por quê de ter sido escalado, em junho, para o "importante" jogo amador Seleção de São José dos Campos x Seleção de Taubaté. Árbitro ruim, confuso e que deve terminar a temporada na geladeira, apitando jogos entre solteiros x casados ou peladas de final de ano.

Em campo o Assisense encontrou uma torcida que apesar do mau tempo estava lá, com batuque e tudo. Chegou a abrir 1x0 com gol de Jaílton, de pênalti, aos 21 minutos, mas viu o importante volante Fernando ser expulso por um lance que merece ser detalhado. Aos 31 minutos o Cotia vai ao ataque, a bola é espalhada pela zaga do Assisense rumo à lateral direita e um jogador do time visitante tromba nas costas de Fernando, que estava à frente e deslocando-se para apoiar o ataque. O atacante do Cotia cai, coloca as mãos no rosto e o péssimo árbitro Vinícius Araújo, que estava de costas para o lance inicial, nem consulta seus auxiliares, aplicando direto o cartão vermelho a Fernando. E, então, fica a pergunta: se ele deu lateral para o Cotia e viu o que diz ser uma agressão ao atacante do time visitante, então por que não aplicou penalidade máxima? Ainda, como ele pode ter visto a agressão se estava de costas para Fernando e o atacante do Cotia, já na intermediária e observando a bola? Pior, por que não consultou os auxiliares para confirmar a suposta agressão, uma vez que os dois jogadores estavam bem à frente do auxiliar 2?

No decorrer da partida o senhor Vinícius Araújo foi só contradição. Deixou de marcar faltas e permitiu que o jogo se tornasse violento. O saldo disso tudo é um Assisense que além de um jogador a menos, expulso, teve de fazer duas substituições ainda no primeiro tempo, pois perdeu atleta com suspeita de fratura, dada a violência das divididas em campo. Pior, testemunhou, em sua frente, cotovelada de zagueiro do Cotia no lateral esquerdo do Assisense e sequer falta assinalou. Na hora da revolta do banco de reservas do Assisense por esse lance, aí sim, expulsou o massagista do clube, tentando impor algum tipo e autoridade que, se existe, não é exatamente a ele que pertence.

O jogo - Com a bola rolando o Cotia mostrou por que jogou de igual para igual com o Água Santa, abrindo a quarta fase. O time visitante confirmou-se forte no físico e na altura. Comprovação disso é que mesmo com o gramado pesado correu os 90 minutos sem perder o ritmo e explorou permanentemente os contra-ataques. Não fossem as intervenções do goleiro Carlão e o Assisense teria saído de campo com uma derrota ainda mais elástica.

Retomo, então, o que busquei no olhar geral da torcida que saía do estádio Tonicão. É que eu havia entendido que o meia Kairo não deveria ser sacrificado quando da expulsão do volante Fernando. Aquela substituição, a 34 minutos do primeiro tempo, colocou um volante defensivo no lugar do homem que mais cria e dá velocidade ao ataque do Assisense. Recuamos demais, terminamos o primeiro tempo na frente, mas abdicamos do ataque na etapa complementar. Logo, é como se sentássemos e esperássemos o Cotia bater, dificultando a reação.

Não pensei isso sozinho. Os demais colegas de torcida também reclamavam da substituição de Kairo, um jogador que junto com Carlão e Jaílton entra em campo com o nome ecoado pela torcida. Ligeiro, faz inversão de laterais com perfeição e sabe marcar. Ainda, sofredor de faltas, é o homem responsável pelas bolas paradas, procurando quase sempre com perfeição a finalização de Jaílton na grande área adversária ou, ainda, levando perigo nas cobranças diretas que surgem nas proximidades da grande área. Sem Kairo, Jaílton ficou sozinho na frente e o Assisense apagou.

Com o Cotia empatando o jogo aos 21 minutos da etapa completar, em cobrança de falta que gerou confusão e bate-rebate na área do Assisense, o quadro mudou. O Assisense avançou a marcação e passou a pressionar o adversário a partir do meio-campo. Perdeu duas chances claras de ficar à frente do placar novamente, aproveitando-se da ânsia do Cotia de fazer o necessário segundo gol. Foi dessa determinação do Cotia de sair de Assis com 3 pontos que veio o lance que definiu a partida. Com velocidade o visitante virou para 2x1 aos 35 minutos, passando, a partir de então, a fazer com que seus jogadores caíssem no gramado simulando contusões e, assim, impossibilitando qualquer jogo de reação para os donos da casa, visivelmente nervosos e ansiosos.

A revolta maior da torcida ficou centrada no trio de arbitragem, a quem sonoramente chamava de "ladrão". Nada, porém, que desmereça a determinação do Cotia, que foi superior e comprovou que é o mais sério candidato à segunda vaga do grupo 20 para o acesso à Série A-3 de 2014. Isso porque na mesma rodada o Água Santa venceu a Inter em Bebedouro, por 3x2, e já está com uma das vagas praticamente garantida, uma vez que chega a 7 pontos, dois à frente do Cotia, e faz dois de 3 jogos em seus domínios. 

Ao Assisense competem os 3 pontos da vitória, na estreia, sobre a praticamente eliminada Inter e a obrigação, agora, de jogar por uma vitória em Cotia, domingo que vem, abrindo o returno. Com um empate em Cotia nesse jogo, o Assisense passa a ter a obrigação de vencer o Água Santa na penúltima rodada, no Tonicão, e ainda torcer para que a Inter de Bebedouro tire pontos do Cotia no outro confronto. Daí, portanto, a importância de vencer o Cotia, fazer a revanche no confronto direto e passar a administrar a possibilidade de empatar com o Água Santa, em casa, e depois comprovar a classificação frente à Inter, em Bebedouro, na última rodada.

Infelizmente, essa manhã chuvosa de domingo fez lembrar aquele Assisense 4x2 Campinas, em 2004, quando o time de Assis deu adeus à Série A-3 por causa de 1 gol a menos de saldo. Essa derrota, hoje, pode igualmente representar nova despedida, uma vez que o Cotia está, reconheçamos, um patamar acima do Assisense nos quesitos técnica e tática, e muita coisa terá de ser mudada para que não fique com a vaga que até o início dessa terceira rodada da quarta fase estava nas nossas mãos.

No saldo geral do torneio até aqui o Assisense sabe que caiu no grupo da morte, o mais difícil entre os 8 clubes que disputam a quarta fase. A essa altura do campeonato não ocorre o acaso. Basta ver que o time de Assis perdeu exatamente para os dois atuais líderes da chave, que viram os turnos com uma vaga, cada um, em uma das vagas na Série A-3. Tudo bem, o Assisense também tem chances de mostrar que está no mesmo parâmetro? Pois bem. Para que isso ocorra, então, terá de voltar de Cotia com vitória sobre o algoz desse domingo e, na rodada seguinte, tirar pontos do Água Santa, nem que seja com um empate. E, enfim, liquidar a Inter em Bebedouro.

Comecemos a rezar, pois apenas fazer as contas não está sendo suficiente.

Estádio - Se no domingo passado, frente à Inter de Bebedouro, a torcida do Assisense queimou a cabeça debaixo de sol, hoje, no Tonicão, saiu com a roupa molhada. Vergonhosa a situação desse estádio, inacabado, que submete famílias inteiras à vexamitosa situação de não ter para onde correr quando a chuva aperta. Que fique claro, para o prefeito dos 15 mil votos, que se a cidade tem planos de colocar um time na Série A-3, primeiro ofereça um estádio decente. Até mesmo a Ferroviária tem estrutura básica melhor que o Tonicão.




Fotos: Blog do Messias
Número reduzido de PMs na vistoria fez formar longa fila

Hoje, sim, foram executados os hinos de Assis e Nacional

Esse trio de arbitragem é péssimo; o pior que vi atuar em 2013

Jaílton fez o 13º no campeonato, de pênalti, aos 22 minutos iniciais

Ambulância em campo, suspeita de fratura 
a perna do zagueiro assisense

No final do primeiro tempo muita chuva
e muitos erros do péssimo árbitro

O senhor Vinícius Araújo mostrou-se com 'expulsador': 
até o massagista foi embora mais cedo

Árbitro não conseguiu agradar jogadores dos 
dois lados; que vá embora para a geladeira da FPF


*Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.

Chuva para e viabiliza jogo Assisense x Cotia

Cláudio Messias*

Os mais de 400 torcedores que compraram ingressos para o jogo Assisense x Cotia, às 10h00, no estádio Tonicão, certamente passaram a madrugada na dúvida, primeiro, se teriam condições de assistir ao confronto sem tomar um banho de chuva nessa gélida primavera e, depois, se haveria a partida. Choveu o equivalente a 35 milímetros na cidade de Assis desde a 1 hora da manhã. O temporal, contudo, parou por volta das 7h50 e a notícia é boa: vai abrir estiagem.

O pior da passagem de uma frente fria antes prevista para chegar no final da manhã já passou. Fotos de satélite do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, o CPTEC, vinculado ao Instituto de Pesquisas Espaciais, o INPE, mostram, uma hora atrás, que a densidade da frente fria está deslocando-se para o centro do Estado e o litoral, onde vai provocar chuvas e estragos até o meio da tarde desse último domingo de setembro.

Aqui em Assis, onde acontece o decisivo confronto Assisense x Cotia, encerrando o primeiro turno da quarta fase da Segundona do Campeonato Paulista 2013, o clima tende a ficar agradável. Pode, inclusive, abrir sol durante a partida. Mas, não estão descartadas pancadas isoladas, ou seja, aquelas chuvas tipicamente registradas no verão, com garoa ou chuva rápidas a todo momento. A temperatura, que começou na casa dos 11 graus, vai aumentar aos poucos, podendo chegar aos 19 ou 20 graus durante o jogo no Tonicão.

O inconveniente continua sendo o fato de o Tonicão não ter arquibancadas cobertas. O torcedor assisense continua pagando o preço pela forma amadora como a cidade, que é a 28.a do Brasil para se viver, segundo a ONU, administra o esporte mais popular do país. Se não sem chuva na cabeça, o jeito será sentar na arquibancada molhada do estádio que trabalha com a possibilidade de ir para a Série A-3 em 2014. Vergonha.

Por fim, o conveniente é ir ao estádio com chapéu, caso saia sol, mas, também, guarda-chuva ou capa de proteção, caso volte a dar pancada de chuva.

Imagem: Climatempo, satélite Goes-11, às 5h45 (horário de Brasília)

Foto feita às 5h45 mostra o temporal caindo em Assis, mas 
demonstra que a frente fria já começava a ir embora (canto esquerdo)

*Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.

sábado, 28 de setembro de 2013

MEDIDA INCERTA - Perda de 1 kg sem esforço nem sacrifícios

Cláudio Messias*

Passei os últimos 60 dias em uma rotina que ocupou mais a mente do que o corpo. Ou seja, predomínio de atividades que exigiram mais o intelecto do que o físico. Momentos em que você, concentrado em suas atividades de práxis, não encaixa ou nem tem ânimo para desenvolver atividades físicas rotineiras. O resultado disso foi um travamento que agora, olhando para trás, defino como vida sedentária.

Sim, foi esse sedentarismo que levou-me, de forma cumulativa e gradativa, aos 104 quilos em abril de 2012. Como já relatei aqui, em postagens anteriores do Medida Incerta, aquele mês de abril do ano passado deu um chacoalhão na minha vida, quando vi que aos 42 anos de idade caminhava rumo à obesidade mórbida. As ações de prevenção a esse quadro trazem-e aqui, nessa batalha hora a hora, minuto a minuto, contra o ganho de peso.

Se por um lado abri mão dos exercícios frequentes que vinha fazendo a cada semana, por outro mantive a rotina de controlar a alimentação. Continuamos comendo bem e de tudo aqui em casa. A quantidade é que foi reduzida, assim como foi diminuído o intervalo entre as agora diversificadas refeições. O resultado prático disso, como pode ser visto no quadro de controle de peso abaixo, é que mantive a tendência de queda no peso.

Não sou especialista nem tenho autoridade ou autorização para falar disso e nisso, porém posso supor que o fato de termos, em casa, aberto mão das quantidades que usávamos em açúcar, sal e gordura animal tenha relação direta com essa eliminação de 1 quilo. Sim, claro, interrompi a rotina de atividades físicas, porém não significa que parei tudo. Uma caminhada ou outra, assim como algumas sessões de hidroginásticas no clube compuseram minha agenda dos últimos 60 dias.

Ressalto que há anos substituímos o açúcar tradicional pelo light em nosso cardápio. Igualmente, o sal é usado apenas para dar leve sabor aos alimentos. As carnes que em nossa cozinha entram são predominantemente de aves, e as vermelhas são necessariamente magras. Somente em exceções de gula, nos dias mais frios, preparamos a irresistível costela bovina com mandioca. Frituras, jamais. Saladas e legumes, sempre. E as frutas como laranja e melão fazem parte da última refeição da noite.

Que fique claro, também, que ninguém em casa passa fome ou é sacrificado de refeições. Temos dois jovens de 17 e 16 anos que não podem ser submetidos ao mesmo controle alimentar dos adultos. Comem,  e bem, mas já com os parâmetros de uso de sal, açúcar e gorduras. Os dois, por exemplo, aventuram-se no preparo dos pratos que preferem. Se um faz o arroz, o prepara com um fio de azeite de oliva suficiente para fritar o tempero à base de cebola e alho e um mínimo de sal. Já o outro curte preparar o café preto, usando, por exemplo, metade da medida de açúcar light que eu costumo empregar. E o faz por decisão própria, iniciando o seu jeito peculiar de cozinhar.

Hoje, em casa, colhemos prazeres de degustação que anos atrás eu ouvia de um grande amigo, Ricardo Alexino, professor na ECA/USP. Ele havia eliminado o açúcar de deu seu cardápio diário e relatava o quão doce é, por exemplo, uma banana nanica. Sua língua, seu paladar haviam retomado o sabor natural de alimentos que o uso excessivo de temperos artificiais ofusca. Atualmente, sinto isso quando saboreio não só uma banana, mas, também, um melão e um caqui. De tão doces, chegam a dar aquela travada que, por exemplo, o consumo excessivo de leite condensado costuma propiciar. Parece exagero de minha parte, mas é a pura verdade. Quem adotou esse rigor no controle alimentar sabe do que estou falando; e quem o adotar saberá exatamente de que sensação no paladar nos referimos.

É final de setembro e cá estou com 93 quilos. Um exagero ou outro em festas com os amigos da bocha e da hidro, no clube, fazem com que ora a balança marque 94, ora marque 92 quilos. Na medida tirada ontem, na sauna do clube, estava a marca de 93 quilos. Onze quilos a menos se comparado ao início dessas postagens que faço, aqui no Blog, a cada dois meses. A redução abdominal é absurda e já chega a 13 centímetros. Meus cintos já retrocederam 3 furos e vejo que em alguns deles terei de providenciar o furo extra logo, logo. De tão cômica, essa situação de cintura reduzida levou-me a sentir a cueca descer e parar no meio das coxas, semanas atrás, em uma ocasião em que fazia compras no Walmart. Ninguém vê, claro, esse tipo de mico, mas você ri duplamente, por dentro e por fora, dando-se conta de que tem de descartar as cuecas e comprar novas, na medida certa.

Minha meta é chegar a janeiro de 2014, ou seja, daqui a pouco mais de 3 meses, entre as casas dos 90 ou 91 quilos. Retomei minha rotina de caminhadas e corridas de 6 km, pela manhã. Na semana que vem reinicio a hidroginástica no clube, assim como sessões de exercícios dentro da piscina. É a tentativa de restabelecer o equilíbrio corpo-e-alma, tão necessário para que as atividades de cada dia estejam em harmoniosa sintonia com os exercícios físicos rotineiros. Tudo, porém, sem atropelos ou exageros. Até porque já tem amigos e parentes fazendo aquela afirmação exclamativa: "nossa, como você está magro!". Magro com 93 quilos? Pois é...

Àqueles que leram minhas postagens no Blog, pelo Medida Incerta, e enviaram mensagens dizendo que seguiram o exemplo, reforço meu incentivo para que continuem e não abram mão de suas metas. Nada, claro, de dietas milagrosas, mas, sim, adoção de uma reeducação alimentar somada a atividades físicas. Se não dá para sair para caminhar ou pedalar, uma faxina em casa já ajudar bastante. Varrer a casa, passar pano no chão ou limpar o quintal não humilham ninguém. Pelo contrário, fazem bem à alma, ao corpo, mesmo que você tenha ajudante remunerada que já faça esse serviço. Entrar, via internet, no site www.globoesporte.com, cadastrar-se no "Eu Atleta" e ver as recomendações também é importante, pois tem-se um parâmetro sobre o que pessoas com histórico semelhante ao seu, que pode ser totalmente diferente do meu, adotaram como desafio.

Entendo que para atingir alguns objetivos pessoais precisamos parar e, se necessário, dar um passinho para trás em alguns quesitos. Certos orgulhos não combinam com a felicidade que projetamos para o nosso próprio eu. Daí, varrer a casa, dar banho no cachorro, tirar as folhas da calçada lá na rua passam a ser compromissos de você para com você mesmo. É a abertura do seu eu íntimo para o mundo, tipo de ação que o leva a sair das suas muralhas internas e encarar o mundo com caminhadas, depois corridas, depois pedaladas. Afinal, nascemos livres e assim precisamos permanecer. Livres de ócio, livres de sedentarismo, livres de excessos.

E viva a saúde!





*Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.