Alguém escreveu, um dia, que dessa vida não se pode sair sem (i) ter um filho, (ii) escrever um livro e (iii) plantar uma árvore. Filhos eu tenho dois, livro eu tenho a minha dissertação e árvore, formalmente falando, eu tenho uma. Formalmente porque quando da reforma de nossa casa tivemos de sacrificar a árvore que plantamos em 2001, cuja sombra era motivo de atrito, também chamado de disputa (nunca podíamos usufruir da sombra, pois um vizinho sempre acordava mais cedo e lá deixava o carro o dia inteiro). Vieram os fiscais da Prefeitura e nos notificaram. Primeiro, ameaça de multa caso a árvore não fosse reposta imediatamente. Esse imediatamente levou alguns meses, até decidirmos pela espécie ideal. William Haddad, o arquiteto, recomendou Ipê branco. Fomos à Chácara Bela Vista, compramos, mas ouvimos do vendedor "mas vai crescer, hein!". Pronto, o pesadelo começou, pois não queríamos uma árvores que crescesse demais. O coitado do Ipê ficou desde fevereiro no mesmo vaso provisório em que chegou. Li materiais aqui, na internet, e a maioria dos "especialistas" em pitaco paisagístico dizia que Iepê cresce muito. Mas, em visita à casa de nossos amigos Fernando Silva Teixeira Filho e João Antonio Telles nos convencemos de que Ipê não cresce muito, não, senhor. E, então, decidi plantar logo a muda, antes que morresse (ela, a planta) ou então viesse a multa do fiscal da Prefeitura. Ipê plantado, agora só falta publicar a minha tese!
Nenhum comentário :
Postar um comentário