domingo, 25 de agosto de 2013

EU, DA ARQUIBANCADA - Torcida, enfim, chegou ao ritmo certo

BATUQUE

Há instrumentos, há instrumentistas, mas o ritmo... hum! Hoje apareceu, no Tonicão, um rapaz trajando camisa da Mangueira, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro. Assumiu alguns instrumentos, ficou minutos orientando os batuqueiros no segundo tempo de jogo e de lá saiu um ritmo afinado.

BATUQUE II

De gritos de provocação ao trio de arbitragem a "olé" e cantos de apoio, a torcida fez sua parte nas arquibancadas do Toinicão. Não foram poupados personagens como o meia-atacante Clodoaldo, ex-Juventude, Criciúma e Corinthians, que hoje defende o União Suzano.

SEM ÁLCOOL

O líquido de cor amarelada e com gás que estava nos copos dos torcedores do Assisense, hoje, não era refrigerante de guaraná. Era cerveja. E essa informação caiu nos ouvidos do comando da Polícia Militar, que logo subiu ao bar do estádio e determinou o fim da comercialização.

COM ÁLCOOL

Na arquibancada ouço um torcedor perguntar ao outro: "uai, tem cerveja?". O outro explica: "cerveja, não, isso aqui é Conti". Construção de sentidos assim.

COM FLANELA

A mesma Polícia Militar que vê a comercialização de cerveja dentro do estádio ignora o comércio irregular que ocorre fora. Debaixo das barbas dos policiais os flanelinhas orientam estacionamento de veículos em local proibido, como o gramado em frente ao estádio, e cobram por isso. Se abusar, tem PM que paga a taxa. E nada é feito contra esse tipo de extorsão que pode ser vista publicamente, a céu aberto, dentro ou fora de qualquer viatura.

CALOR

A temperatura em Assis no início do jogo, às 10h00, era de 18 graus, com céu parcialmente encoberto e umidade relativa no dar na casa dos 88%. Duas horas depois, quando o árbitro Renato Canadinho apitou o final da partida, os termômetros marcavam 26 graus e a umidade relativa do ar tinha caído à metade: 41%. Para agravar a situação, o índice de radiação solar começou em 111 e foi a 503. Sem cerveja.

FORA DO AR

Problemas de saúde afastaram o cronista esportivo Carlos Perandré do objetivo de formar equipe de transmissão para o jogo Assisense x União Suzano. Ele, juntamente com o narrador Ivan Serra e o repórter Cicinho Motta estavam negociando aquisição de horário com a Difusora AM.

FORA DO AR II

Nenhuma emissora cobriu, hoje, a vitória do Falcão do Vale. Equipe de TV, mesmo, só a da TV Fema, com o competente Alex Caligaris no comando. TV Tem, como é de praxe, só vem para fazer registro de humor, tipo de piada de que só eles riem.

RECONHECIMENTO

A aprovação da torcida ao time, hoje, pôde ser sentida na manifestação das arquibancadas. Não ouvi um xingamento a Ademílson Venâncio durante os 90 minutos. Cobrança, mesmo, só para que substituísse Dainan, camisa 10, que estava visivelmente cansado aos 30 minutos do segundo tempo. Venâncio pensou igual à torcida e fez a troca.

QUASE HOMÔNIMOS

Se houvesse transmissão do jogo de hoje nos narradores teriam um trava-língua como desafio. Jogavam, em campo, Jaílton, atacante do Assisense, e Jaílson, meia esquerda do União Suzano.

ESTATÍSTICA 

A bola rolou, hoje, durante 58 minutos. Foram 28 minutos no primeiro tempo e 30 no segundo. O número de faltas também reflete o que foi a qualidade do jogo: 32 no total, sendo 17 do Assisense e 15 do União Suzano.

ESTATÍSTICA II

O árbitro Renato Canadinho, que não passou no teste da Federação Paulista de Futebol três semanas atrás e, assim, não pode apitar jogos do Brasileirão, distribuiu 4 cartões amarelos e expulsou um gandula. Do Assisense, Marcos recebeu cartão, enquanto do União Suzano a advertência recaiu sobre Lucas, Renan e Jaílson.

FORA

Duas expulsões foram registradas na súmula da comissão de arbitragem de Assisense 2x0 União Suzano. Todas aconteceram fora do gramado. A primeira envolveu o auxiliar técnico Américo Pinheiro Xavier Jr, do União Suzano, por reclamação, aos 33 minutos do segundo tempo. Aos 44 minutos finais o gandula Luciano Aparecido da Silva escondeu a bola, foi expulso e saiu de campo sob cantos da torcida e xingamentos de todo o banco de reservas do União Suzano. Saiu como ídolo de um lado e carrasco, de outro.




Um comentário :

Unknown disse...

Claro amigo Cláudio Messias, o "rapaz com a camisa da Mangueira" é Leonardo Ladislau, puxador de samba da Unidos da Vila Operária. Se juntaram a ele outros dois ritmistas da Verde Rosa assisense: Lailão e Paulo Melo. Parabéns pela cobertura. Abraços.