29 Maio 2012
Cláudio Messias*
Na coluna anterior postei,
aqui nestas linhas, que Assis precisa aprimorar o quesito atendimento ao
consumidor para, atingindo essa excelência, tornar-se o polo que aspira ser. E
citei o exemplo de Marília, um polo econômico cuja associação comercial sempre
primou por estimular seus cooperados a, à base de cursos de aprimoramento,
melhorar o atendimento aos consumidores. O foco daquela Acim era e é o
comprador que sai de cidades da região para consumir em Marília.
Na mesma semana em que
postei aquele texto fui a Marília. Sábado pela manhã busquei, na Casa Sol, 14
peças de rodapé para o piso Durafloor de minha casa, que completa um ano de uma
obra prevista para no máximo seis meses. Fui acompanhado por meus dois filhos,
de 16 e 14 anos. E como a passagem pela casa de material de construção seria –
e foi – rápida, estendemos, como de costume, a estada até o Marília Shopping,
onde eu aproveitaria para comprar uma camiseta de clube de futebol que
estivesse com menor preço em promoção.
O artigo esportivo é uma
contribuição, minha, a meu orientando de trabalho de conclusão do curso de
Jornalismo, o competente jornalista Nestário Luiz. O estudante, que às
segundas-feiras apresenta, juntamente com Ítalo Luiz, o único programa de
esportes, atualmente, no rádio assisense (Circuito Esportivo), fará o sorteio
desse artigo esportivo como uma de suas etapas de pesquisa científica.
Chegamos ao Marília
shopping às 11h37m29s (bilhete 12052611372902. E passamos na loja Centauro,
onde desde há alguns anos compramos artigos esportivos, atraídos por promoções
como a que, no passado, tinha camisa oficial do centenário do Corinthians,
manga comprida, R$ 10 mais barato que a loja oficial do Timão, no mesmo
shopping.
Logo de cara, contudo, o
que nos chamou a atenção naquele sábado, 26/05/2012, foi uma promoção de
camisas da Seleção Brasileira que, por sinal e coincidência, naquele momento
jogava contra a Dinamarca e vencia parcialmente por 3 a 0. De R$ 249,00 por R$
79,90. Eu e Vítor, meu filho mais velho, pegamos uma camiseta cada e fomos ao
provador, até achar o número certo. Júlio, o mais novo, não é adepto de camisas
de clubes nem seleções e apenas nos observava.
Escolhi a camisa do
uniforme 2 da Seleção, que é um azul esverdeado ou um verde azulado, sei lá. E
Vítor ficou com uma camiseta tradicional, amarela. Ambas com aquela faixa
transversal no peito: a minha, na cor amarela e a de Vítor, verde. A camiseta
que escolhi para trazer visando ao sorteio de Nestário Luiz era de um clube
que, sinceramente, desconhecia: Queen’s Park, do futebol inglês, por R$ 29,90.
E para completar a compra, uma bola de futsal Penalty, por R$ 29,90, e uma
bomba de encher bolas, por R$ 19,90. Compra finalizada, fomos guiados até o
caixa pela simpática vendedora que nos atendeu.
Aguardamos alguns minutos
na fila, pois só tinha um caixa atendendo. Com o aumento da fila de pagadores
entrou um rapaz no outro caixa e nos chamou. Produtos passados, número do CPF
para colocar na Nota Fiscal Paulista e cartão de crédito disponibilizado para
pagar, no preço à vista, em cinco parcelas. E o valor somado: quinhentos e
poucos reais. Perguntei: “como assim?”. E o rapaz especificou, na tela, o preço
de cada um dos itens. Cada camisa da Seleção estava saindo por R$ 249,00 e R$
149,00. Apontei o equívoco da loja, e disse que as camisas estavam na promoção
por R$ 79,90. Eis que o funcionário me diz que aquela promoção por mim citada era
“a partir de R$ 79,90”.
Já passei por outras lojas
nessa vida que são adeptas dessa política de colocar promoções “a partir de
preço tal” em araras de roupas. Passei por essas lojas e passei raiva, pois
você vai seco pensando que pagará pelo preço do cartaz da promoção e quando
chega no caixa é informado de que o preço está na etiqueta, e não no cartaz
fixado na arara. Não era, contudo, o caso da Centauro naquele sábado.
Naquela arara da Centauro
havia clareza de que tratava-se de “De R$ 249,00 por R$ 79,90”, e não “A partir
de R$ 79,90”. Ou seja, o funcionário também estava desinformado e viu isso
quando lhe mostrei o cartaz da promoção. Por sugestão dele fomos até a arara e
ele viu, com os próprios olhos, que naquele cabideiro estava a especificação
“De R$ 249,00 por R$ 79,90”, e com a clareza da denominação “Camisa Seleção
Brasileira”.
A partir de então começou
um discurso que, sinceramente, eu jamais testemunhei, seja em minha vida de
consumidor, seja em minha vida de jornalista. Segundo o funcionário da Centauro
do Marília Shopping, além de ter sido fisgado pela promoção de camisetas da
Seleção Brasileira eu teria de desconfiar daquela redução de preço de R$ 249,00
para R$ 79,90 e, com uma novidade que certamente precisa ser adicionada
urgentemente no Código de Defesa do Consumidor, conferir um código numérico (75751208)
colocado ao lado do pequeno cartaz que anunciava a promoção. Sim, acredite:
segundo aquele funcionário da Centauro, para comprar você tem que gostar do
produto, aceitar o preço e, principalmente, conferir se aquela camiseta que
está comprando tem, no verso de uma etiqueta colocada dentro do artigo
esportivo, um código de pelo menos 10 números que coincida com a promoção.
Claro, fiquei indignado com
aquela novidade, anunciada pelo funcionário como que se esse tipo de prática
seja comum, rotina, na Centauro. Pedi, então, que o gerente fosse chamado.
Outra surpresa ainda mais estarrecedora: eu estava sendo atendido... pelo
gerente. E a ele perguntei com clareza, para ter igual clareza na resposta: “e
você concorda com isso, ou seja, que o seu consumidor seja induzido ao erro de
pegar uma camiseta em promoção e ser submetido ao constrangimento de, no caixa,
saber que aquela mercadoria não corresponde à promoção anunciada?”. E ele
repetiu que sim, que não havia nenhum problema com a promoção e, sim, com a
minha interpretação sobre os preços.
Mostrei, então, ao
funcionário-gerente que no cabideiro exatamente ao lado, na mesma arara,
estavam camisetas novas da Seleção Brasileira, lançadas neste ano pela Nike, ao
preço de R$ 249,00. Ou seja: como pode o novo modelo estar o mesmo preço do
modelo antigo, como constava na minha compra listada? Sim, os preços serem
iguais não correspondem a nenhuma ilegalidade do ponto de vista dos direitos do
consumidor. Compra quem quer. O que eu quis dizer e defendo daqui por diante é
que aquela promoção do cabideiro exatamente ao lado existia e que as camisas
ali postas deveriam sem vendidas ao preço anunciado.
As respostas do
funcionário-gerente continuaram surpreendendo. Segundo ele, não há espaço
suficiente na loja para colocar artigos esportivos nos respectivos cabideiros
das promoções. Daí a necessidade de o consumidor conferir a promoção anunciada
e atentar-se ao código da mesma, colocado na etiqueta. Veja só o exemplo citado
por ele: “e se você pegar essa camiseta do lançamento, no cabideiro ao lado, e
colocar nesse cabideiro da promoção e quiser levar por R$ 79,90?”, questionou.
“Basta você consultar o seu sistema de câmeras e verá se eu ou outra pessoa
anterior a mim fiz ou fez isso”, respondi a ele, que balançou a cabeça
sinalizando negativamente, ou seja, discordando de minha resposta. Resposta,
aliás, que foi antecedida por minha posição: “estou com os meus filhos e, pode
ficar tranquilo, não é da minha prática agir dessa forma”.
Nessa circunstância, ou
seja, quando cessam os argumentos, fiz aquilo que é de praxe, ou seja, agi.
Cancelei a compra de todos os artigos e anunciei ao funcionário-gerente que a
mim, consumidor, só restava acionar as ferramentas legais que estão ao meu
alcance. Uma delas seria, por exemplo, exigir que me fossem vendidas aquelas
mercadorias pelo preço anunciado, e não por um conjunto de códigos que devem,
sim, servir de norte administrativo, interno. Cliente, consumidor, não tem que
ficar decifrando códigos. Somos convencidos de concretizar a ação de consumo
pelo preço e pela necessidade. É pelo preço anunciado que vejo se meu bolso tem
ou não condições de atender a meu apelo de consumo. E naquele caso, meu objetivo
de consumo nem eram as camisas da seleção, era o brinde que levarei a Nestário
Luiz.
Optei, contudo, por não
exigir que aquele funcionário-gerente me vendesse pelo preço anunciado na
promoção. Pelo contrário, decidi, ali, tomar a decisão que com certeza menos
interessa a quem dá emprego àquele funcionário: nunca mais comprar na Centauro,
rede de lojas de quem eu era cliente havia anos, seja nos espaços físicos
distribuídos Brasil afora, seja no site de vendas. Sei muito bem que a rede de
lojas talvez não seja totalmente culpada, até porque ali, visivelmente, havia
uma falha isolada na forma de aplicar a promoção das camisas da seleção. Um
problema isolado, local, mas que coloca em xeque a organização chamada
Centauro. Até porque quem decidiu ser irredutível foi o funcionário-gerente,
naquela ocasião respondendo e decidindo pela empresa.
Na minha conversa com o
funcionário-gerente sugeri que ele, ao retornar ao caixa para depois devolver
as mercadorias que eu estava prestes a comprar, levantasse as informações sobre
o quanto, no passado, eu já havia consumido ali, naquela mesma loja. Se ele fez
isso, viu que perdeu um cliente que compra, sim, sempre em promoção. E faço
isso sem constrangimentos. Bastava uma passada por Marília, mais
especificamente no Marília Shopping, e lá ia o Cláudio Messias ver as promoções
da Centauro. Prova disso é o próprio Nestário Luiz, a quem anunciei, na semana
passada, que iria a Marília, estenderia a visita até a Centauro e lá tentaria
encontrar camisa de clube a R$ 29,90 para ele sortear em seu programa esportivo
na rádio universitária. Coincidência ou não, o funcionário-gerente teve o
trabalho de devolver ao cabideiro a camisa de R$ 29,90 do Queen’s Rangers, que
eu traria para a promoção aqui em Assis.
Desaforo superado, fui com
os filhos até a praça de alimentação e, lá, comemos um Burguer King. Indignados
com a situação anterior, nem fome tínhamos. E comemos o menor dos formatos de
lanche daquela franquia. Ali, à mesa, minhas conclusões sobre aquela
circunstância na Centauro mudaram. Meus filhos estavam indignados. E o que é
mais interessante: mais indignados do que eu. Foi então que eles expuseram o motivo
da revolta em relação àquele diálogo com o funcionário-gerente. “O cara duvidou
da nossa honestidade quando disse que nós poderíamos colocar a camisa nova da
seleção na promoção e, assim, tentar tirar vantagem”, disseram, uníssonos.
Fiz uma nova análise das
circunstâncias e consultei o 190. Orientado, retornei à loja da Centauro do
Marília Shopping e anotei as informações que constavam naquele mesmo cabideiro
da promoção. Tudo estava exatamente ali, do mesmo jeito: nenhuma camiseta da
seleção brasileira por R$ 79,90 e as demais com o preço de R$ 249,00. Pedi,
então, para que uma funcionária me mostrasse uma camisa que tivesse o código da
promoção. E ela me mostrou, com dificuldade para encontrar. E quando encontrou,
eis a confirmação: mesmo aquele exemplar não tinha o preço de R$ 79,90, mas,
sim, R$ 149,90.
Desta vez, contudo, o
funcionário-gerente não veio. Eu não vi, mas meus filhos dizem que ele ficou
nos olhando à distância, no setor de caixas. Informações anotadas, retiramo-nos
do shopping e nos dirigimos ao plantão policial na avenida Santo Antônio, em
Marília, onde fomos orientados a registrar queixa por injúria, o que fizemos já
em casa, com calma, pela internet, no serviço de boletim online da Secretaria
de Segurança Pública do Estado. E o que é ao mesmo tempo cômico e agravante
nisso tudo: a investigadora que nos atendeu no plantão disse ter passado por
situação semelhante à nossa, mas enganada por promoção do tipo “a partir de
tantos Reais”. Segundo ela, na ocasião, deixou as mercadorias no caixa e foi
embora, também para nunca mais voltar àquela loja da Centauro.
Não foi a primeira vez que
me deparei com uma situação dessa vivenciada na Centauro do Marília Shopping. A
anterior foi muito parecida, mas no Catuaí Shopping, em Londrina. A loja em
questão era o Carrefour, que teve elogiável habilidade para resolver a questão.
O ano era 2008 e eu retornava de uma tarde de aulas na UEL, onde cumpria
créditos da especialização em Comunicação Popular e Comunitária. De Londrina
passaria em Assis, pegaria minha família e retornaria ao Paraná, mais
especificamente Santo Antônio da Platina, onde meu tio, Arlindo Messias,
casaria-se pela segunda vez.
Passei no Carrefour para
comprar o presente para o casal de tios. E vi um jogo de jantar que estava em
promoção. “De tanto por tanto” (não me recordo os valores), considerei aquele
preço muito bom. Cozinheiro que sou, compactuo com minha esposa uma mania de
ter bons utensílios aqui em casa, pois permanentemente recebemos amigos para
boa comida e ótima prosa. E aquele jogo de jantar, além de encaixar-se nas
nossas necessidades do lar, ainda atendia a nosso gosto em qualidade e cor. E
no preço, óbvio.
Comprei, então, dois jogos
de jantar. E peguei as duas caixas na mesma gôndola, também chamada de prateleira.
Na hora de passar no caixa vi que os preços lançados correspondiam a mais que o
dobro do que estava anunciado na promoção. Questionei a funcionária, que
acionou um mecanismo que trouxe uma bela moça, de patins, à minha presença.
Fui, então, educadamente convidado a ir até o local onde pegara as duas caixas.
Nos dirigimos à gôndola conversando tranquilamente, tendo a moça de patins um
semblante de paz, com verdadeiro – e não estratégico – sorriso.
Mostrei à moça de patins
que ainda havia mais unidades dos mesmos jogos de jantar, naquele mesmo preço.
Ela, então, olhou determinada a outra gôndola, onde estavam jogos de jantar sem
estampa. O preço, percebi, era maior se comparado ao dos produtos em promoção,
como os meus, que tinham estampas coloridas. Fui, assim, conduzido novamente ao
caixa pela moça de patins, que de forma tão educada quanto a recepção a mim
ofertada, pediu que eu aguardasse mais alguns minutos, pois a gerente seria
chamada.
Ficou, sim, uma situação de
constrangimento, pois a fila atrás de mim era grande. E meus colegas de fila
teriam de esperar tempo a mais do que o programado caso quisessem aguardar o
desfecho de minha tentativa de compra. Apenas um casal que estava exatamente
atrás de mim, na sequência da fila, permaneceu. E passados mais de dez minutos
a gerente, mais séria porém não menos educada do que a moça de patins e a
atendente do caixa, veio até mim e pediu novamente que eu fosse até aquela
gôndola da promoção.
Àquela altura eu já
chegaria, mesmo, atrasado ao casamento em Santo Antônio da Platina. Mas o fiz
sem estresse, nem constrangimentos, tendo em vista o desfecho em Londrina. A
gerente explicou-me que alguém havia trocado os cartazes da oferta, colocando o
preço do jogo de jantar sem estampa, mais barato, no lugar do jogo de jantar
estampado, que é mais caro. Portanto, a promoção era válida para os jogos de
jantar sem estampa. A gestora colocou-se à disposição para conduzir-me à
central de segurança daquela loja do Carrefour, onde estavam registradas as
imagens tanto da pessoa trocando os cartazes de preço de lugar, como a minha,
pegando licitamente os dois jogos de jantar com aquele preço imbatível.
Considerei desnecessário, pois em momento algum houve insinuação de que eu
teria feito a troca, de lugar, ou dos cartazes ou das mercadorias.
O que mais me surpreendeu
foi a decisão da gerente, de manter o preço para os dois jogos de jantar mais
caros, ao preço do mais barato, que já estava ainda mais barato pela promoção.
Daí, pois, prevalece o bom senso de ambas as parte, inclusive da minha. Se ela
assumiu parte do equívoco – e não erro -, eu tomei a iniciativa de assumir a
outra parte. Paguei, portanto, o preço da promoção por um jogo de jantar e o
preço normal, do estampado, em outro. E na divisão do preço total por dois continuei
ganhando, enquanto o Carrefour do Catuaí Shopping continuou tendo um cliente
que, quando passa por Londrina, dá lá sua esticadinha de trajeto até o shopping.
Dentro do faturamento das
redes Centauro e Carrefour eu, único consumidor, ainda assim de marcas que não
são as mais caras, sou uma pecinha talvez insignificante. Mas, enquanto ar
passar dentro desses pulmões obstruídos pelo tempo, respirarei e expirarei
consumo, ao passo que as referidas lojas irão respirar vendas e expirar
tentativa de retorno de quem compra. Se as circunstâncias forem observadas a
partir desse segundo prisma vejo o caos para a Centauro e o alento para o
Carrefour. Até porque, caso houvesse uma oferta complementar ou, simplesmente,
não houvesse a insinuação de que eu poderia ter colocado aquelas camisas da
Seleção na arara da promoção, eu tivesse retirado esses artigos da lista, porém
concluído o processo de compra e continuado minha relação de consumo com a
empresa.
Não deixarei de comprar
artigos esportivos por causa da Centauro. Apenas não comprarei mais nessa
empresa. Mas clientes que foram enganados com a promoção das camisas da Seleção
Brasileira podem repetir o meu caminho e, além de acionar formalmente a loja
por essa infeliz ação de tentativa de venda, nunca mais voltar. Na contramão
dessa situação, continuarei a comprar utensílios domésticos, precisando de
jogos de jantar sempre em condições para comer as tortas e guloseimas compradas
no Carrefour do Catuaí Shopping, e sabendo que, entre as tantas opções, uma das
mais agradáveis é aquela onde uma moça de patins nos atende sorrindo e uma
gerente atende exatamente dentro da práxis que a sua função exige: a habilidade
de saber respeitar a circunstância em que um cliente decidiu pela compra na
empresa que, sendo o lugar onde ela atua, depende exatamente dessa vivência de
consumo.
*Jornalista, historiador e
professor universitário, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.
FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA
OPORTUNIDADE
A estudante de Jornalismo
Patrícia Dias é o mais novo alvo, em Assis, do estúdio de produção TV Marília,
do competente Edson Joel. As conversas estão avançadas para que mais uma
profissional da terrinha decole para o macro mercado da comunicação.
NO AR
Depois de Presidente
Prudente, Marília. O SBT inicia a estruturação de mais uma regional de
jornalismo. O SBT Marília cobrirá as praças de Assis e Ourinhos. Equipes em
montagem e operação prevista para o segundo semestre.
ETERNIZANDO
Nilson Luiz Gomes, o Xuxu,
eternizou online os mais de 30 anos dedicados ao rádio. Na plataforma www.longplay.com criou a rádio online Sergio Bocca, com programação
ao legítimo estilo good times e a voz marcante desse locutor assisense que é um
dos capítulos do da história do rádio brasileiro.
SHOW DE BOLA
Toninho Scaramboni continua
sua trajetória de consagração nos bastidores do basquete nacional. Animador
oficial do Jogo das Estrelas do NBB, agora ele repetirá a dose nos playoff
finais. Dia 2 de junho será o animador da primeira final entre São José x
Brasília, em Mogi das Cruzes, com transmissão pela Globo, às 10h00.
BOLA AO CESTO
Compactuei conversa em que
foram traçados os pontos do projeto do NBA, chamado de Novo Basquete de Assis. Para
2013.
NOS TRÊS PAUS
Igualmente, o projeto, que
tem o mesmo patrocinador, foca o futebol profissional, com a modernização das
instalações do estádio Tonicão.
COPA AQUI
Caso a seleção da Itália se
classifique para a Copa de 2014 e, nesse contexto, avance para a etapa
eliminatória, terá uma semana de folga, segundo o calendário Fifa, igual para
todas as seleções participantes. Nesse intervalo, passeio de turismo da
delegação azurra por Pedrinhas Paulista.
DE PASSO EM PASSO
O portal Redecity não para
de crescer. O projeto da jornalista Bruna Fernandes agora cobre Tarumã. O www.tarumacity.com já está no ar desde a semana passada.
CREDIBILIDADE
Neste 28 de maio o pico de
acessos ao Assiscity.com atingiu 28.429 visitantes. Destes, 18.439 acessaram a
trágica notícia sobre a morte de pai e filho, carbonizados, na rodovia Benedito
Pires, entre Assis e Cândido Mota.
MEDIDA INCERTA
Baixei a casa dos 98 kg e cheguei
a 97,8 kg, pesados nesta segunda-feira, 28. A cintura está nos 108 cm. Na
rotina, hidromusculação de terça a sexta. As caminhadas matinais eu continuo
devendo. E na alimentação a passagem por Floripa, mês passado, ajudou a superar
a resistência ao consumo de peixe. Com paladar afiado, essa carne entrou
definitivamente no nosso cardápio aqui em casa.
CÉU DE BRIGADEIRO I
Com a fusão Azul/Trip
aquela primeira companhia aérea entra definitivamente na Grande São Paulo.
Congonhas e Guarulhos passam a ser destinos a partir de Presidente Prudente e
Marília. O voo de volta para essas cidades só partem de Cumbica.
CÉU DE BRIGADEIRO II
De Marília a Cumbica, por
exemplo, uma passagem comprada para o final de junho sai por R$ 69,90 pela Trip,
partindo às 5h45 e chegando às 7h05.
PERGUNTINHA BÁSICA
Depois de advogado,
comerciante e médico, não está na hora de Assis ter um prefeito prefeito?
CAUSO
O ano era 1993 e Luiz
Carlos Japonês, o nosso querido Japurunga, era motorista da rádio Cultura.
Levava, para cima e para baixo, a equipe de reportagens e, de quebra, carona
para um funcionário ou outro, táxi para parentes da família Camargo, entre
outros afazeres daquele que, sem dúvidas, é o maior articulador do futebol
varziano de Assis e região. Num início de tarde chuvosa, já passava de 12h30
quando recebo, na redação, ligação do Corpo de Bombeiros: acidente grave no
Corredor da Morte. Júlio Garcia, Reinaldo Nunes e Rodrigo César Cocito,
repórteres, já estavam todos com missão cumprida. E Japonês, sempre prestativo,
atendeu no rádio da viatura da emissora. “Estou passando aí em dois minutos”,
disse ele, anunciando para que eu descesse do primeiro andar e o aguardasse.
Chegamos a um trecho pouco à frente do Auto Posto Palmital e lá estava a
fatídica cena, aqui já relatada em coluna anterior. Um Gol, vindo de Ribeirão
Pires, na Grande São Paulo, aquaplanou, bateu de frente em um caminhão,
partiu-se em dois e matou quatro dos cinco ocupantes. Somente uma mulher,
grávida, sobreviveu àquele engrossar de estatística do trecho Assis/Ourinhos da
Raposo Tavares. Chuva fina no lombo, corpos em meio às ferragens e despedaçados
na pista, tudo contribuía para que todos que trabalhávamos naquele cenário de
guerra ficássemos em silêncio. Mas Japonês era curioso, contribuía primorosamente
com os repórteres que acompanhava e, portanto, zanzava para cá e para lá,
sempre muito respeitado pelos colegas de imprensa e pelos próprios policiais
rodoviários e civis. Foi nessa condição que ele chegou em mim e, quando eu
anotava informações a partir de documentos de uma das vítimas – o motorista do
Gol -, serviço esse com a colaboração de um policial rodoviário, fez a seguinte
observação: “você viu ali, a moela do cara?”. A circunstância não permitia
riso, mas, comedidos, eu e o policial rodoviário informamos a Japonês que
aquele órgão humano ali, no acostamento, muito provavelmente seria um fígado ou
um rim, mas jamais uma moela. Era o jeitinho de ser de Japonês, uma das figuras
mais amorosas da imprensa de Assis, com quem, em todos esses anos, compartilhei
vivências de cobertura esportiva de Vocem, Assisense e futebol amador de Assis.
Este causo, portanto, não é, nem de longe, um sarro ou sarcasmo com a imagem de
meu amigo. É, apenas, o registro de uma ingenuidade que faz dele uma das almas
humanas mais belas que conheço. Com muito orgulho, inclusive, sou, juntamente
com minha esposa, Rozana, padrinho de casamento dele. Abençoados são aqueles
que, como eu, têm o privilégio de conviver com Japonês.
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