22 Maio 2012
Cláudio
Messias*
Antes de
jornalista, fui office-boy. Primeiro de farmácia, depois de escritório de
contabilidade. Alguns escritórios e algumas farmácias. Eram as minhas primeiras
experiências de renda formal, pois informalmente eu já vendera abacates,
colhidos no quintal de casa, para completar o valor a ser pago em um par de
tênis branco, de couro, com amarra em velcro, marca Olympicos, no extinto São
José Calçados, do saudoso e competente Baianinho.
Na rotina
de cobranças e serviços bancários ou de prefeitura, amargava longas filas, em
pé. Mas o cansaço da espera era recompensado pela cordialidade com que era
atendido, seja num guichê de prefeitura, seja num caixa de banco, ou, então,
nas empresas e/ou clientes assessorados por meus empregadores. Visão, talvez,
ainda imatura da vida e das pessoas. Boas, contudo, lembranças.
Recordo-me
de uma senhora de apelido Ziza, residente na rua Capitão Francisco Rodrigues
Garcia, proximidades da saída para Cândido Mota. Semanalmente eu levava
medicamentos na casa dela, no período da tarde, e era recebido como se fosse um
neto ou sobrinho, com café à mesa e uma gostosa conversa sobre a vida.
Ser bem
atendido ou, revertendo as posições, atender bem, nem deveria ser uma
obrigação. Deveria fazer parte de um comportamento espontâneo de seres que
vivem em sociedade. Trata-se de um dos elementos que constituem uma palavrinha
que a própria mídia coloca, atualmente, como prioritária: gentileza.
Infelizmente, ainda precisamos ressaltar para que nós mesmos sejamos gentis e,
no assunto em pauta neste texto, atendamos bem a outrem.
Nessa
minha trajetória por empresas de comunicação do interior paulista fiz boas
amizades. Não digo as melhores, mas, talvez, as mais sólidas vivências saíram
das oficinas offset e do aparato técnico das emissoras de rádio e TV, além de
um setor por onde todos passam em qualquer empresa; um ambiente cujas paredes
têm ouvidos: as cozinhas. Deliciosas amizades com as inúmeras “Donas Marias” da
minha vida. Serviços gerais de hoje, no passado elas eram as nossas mãezonas copeiras,
faxineiras, companheiras. Horas a fio conversando escondido com elas, falando
da vida e das vidas.
Hoje,
quando reencontro as Donas Marias do passado, continuo sendo abraçado, beijado,
muitas vezes com o pedido, delas, de licença para minha esposa e meus filhos.
Não, não estou me colocando como exemplo de gentileza, nem de excelência no
atendimento à carência alheia. O que ratifico, apenas, é que jamais obedeci a
barreiras imaginárias de poder existente dentro das empresas, necessárias para
a burocracia que rege as organizações no cotidiano. De aprendiz de redação a
editor-chefe, sempre me relacionei igualmente com as Donas Marias. E as atendi
dentro das minhas possibilidades.
Dia
desses, via Facebook, recebi palavras que me surpreenderam. Um amigo que hoje
constitui família e trabalha no Japão me chamou para conversar, falando sobre o
quanto sua vida mudou nos últimos anos e, entre outras coisas, lamentando que o
Brasil continue chegando como notícia, lá fora, não como economia emergente,
mas como produtor de notícias ruins. Quando chamado nesse diálogo virtual,
respondi com o meu tradicional “grande, fulano!”. E eis que esse amigo me
confidencia que exatamente essa forma de reciprocidade de intenções, ou seja,
uma forma elogiosa de devolver um cumprimento, o fazia sentir-se meu amigo. E
recordou dos tempos em que foi gráfico na Gazeta do Vale, no período em que eu
era editor; das conversas que tínhamos quando o jornal, já com a edição fechada,
estava na etapa que transitava das chapas à impressão. Na definição dele, eu
não era metido. Os recebia na sala do editor e ali abríamos ou fechávamos
conversas iniciadas ou que acabariam depois do fechamento do jornal. Claro, eu
não tinha consciência, mas estava me comportando de forma atípica para a
função. Estava sendo eu, ao meu jeito. E olha que quando o assunto era e é
transformar fato em notícias e, nesse processo, fazer o conteúdo chegar aos
lares, eu sempre fui chato, exigindo organização suficiente para que todas as
etapas de produção fossem obedecidas. Chato, mas muito chato, reconheço.
Sou da
opinião de que gentileza se aprimora, e não se cria. E nos meus primórdios no
jornalismo aprendi a aprimorar observando um profissional amado por todos.
Valdeir Alves Barreto é, a meu ver, um dos únicos vereadores que ocuparam uma
cadeira na Câmara de Assis com votos conquistados pela gentileza. Sua campanha,
inclusive, tinha apenas os santinhos de papel para que os eleitores pudessem
ter a permitida colinha na hora de escrever (voto de papel depositado
manualmente nas urnas) ou digitar (urna eletrônica). Barretinho ficou conhecido
na cidade inteira por um gesto brilhante: levar um bolo de aniversário, brinde
do supermercado Barateira, até a casa do ouvinte. Fez isso durante dois ou três
anos, de segunda a sexta-feira. E foi o vereador mais votado em sua primeira
eleição. Muitos entendem isso como compra de votos, mas a maioria vê nessa ação
um ato de bondade.
E Alves
Barreto, quem o conhece sabe, é um ser de bondade. Atende aos ouvintes e às
suas fontes com a mesma cordialidade. O observei durante os anos em que
convivemos no radiojornalismo, seja em situações trágicas, seja em pautas
exclusivas. Os comerciantes e empresários entrevistados ou ouvidos por Barreto
ou assinavam o primeiro contrato ou renovavam com a rádio Cultura. Mas, como
assim, ser jornalista e um contato comercial por uma empresa de comunicação que
sobrevive da imparcialidade? Sim, ali eu iniciava a construção de um conceito
que alia jornalismo de credibilidade e relação comercial jornalista/vendedores.
E isso, observando meu amigo de jornalismo.
Em 1996,
depois de passar por experiências de redator em agências de publicidade como
Empenho e MCP, materializei minha tese senso-comum de que o segredo do
faturamento, em comunicação, está no atendimento ao cliente. Marcos Biondi e
Emílson Cavalcante deram sequência, para mim, àquilo que Alves Barreto iniciou
numa linha imaginária de comunicação corporativa: a construção de parâmetros
entre os interesses que margeiam as organizações e as vontades de quem consome
mídia. Assumi, naquele ano, a supervisão da sucursal de Assis do jornal Oeste
Notícias, de Presidente Prudente. Tive, assim, de sair do corpo do jornalista
que primava pela imparcialidade e ingressar na identidade de um profissional da
comunicação capaz de fazer um jornal “paraquedista”, como diziam os
concorrentes, ter lucro em outra praça. E consegui, pois em um ano e meio o
Oeste Notícias atingiu a marca de 1189 assinantes na cidade de Assis e 2.400
assinaturas em todo o Médio Vale, com faturamento, em abril de 1997, de R$ 31
mil, quase a metade do que o jornal faturava na cidade-sede Presidente
Prudente.
Em
Marília, no início dos anos 2000, recebi do jornalista Jocelin Machado de
Oliveira a incumbência que para mim se resumiria a um desafio: ser repórter na
editoria Comércio. Conheço até hoje empresários que têm em suas salas, em
Assis, páginas do jornal Oeste Notícias molduradas em quadros, na parede, com
reportagens comerciais assinadas por mim. Dois desses empresários já até
mudaram de ramo e não são mais proprietários das empresas cujo histórico
registrei. Era aquela a experiência, minha, pretendida por Jocelin, editor do
Jornal da Manhã, uma empresa cuja política comercial é única, talvez exclusiva,
suficiente para tornar o jornal um dos raros, em um raio de 200 km, a honrar o
pagamento de pisos salariais estabelecidos em acordo coletivo com o Sindicato
dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Pagamento, diga-se de
passagem, em dia.
Passei,
então, a conviver com Wanderlei D´Ávila, o Gordo. O homem, à primeira vista, é
um trator. Assusta mesmo, pois além de alto, tem um vozeirão de dar inveja a
qualquer radialista nos anos 1970. Nas relações interpessoais, contudo, Gordo é
uma pessoa extremamente gentil. Com os clientes do jornal de que é proprietário
tem uma relação que extrapola os interesses editoriais. O resultado disso tudo
eu já disse: empresa sólida, uma vida financeira pessoal estruturada e um
jornal com venda em bancas e quadro de assinantes sem oscilações e, ao menos
por enquanto, sem temer a fatalística previsão de que o virtual substituirá o
impresso. Ser repórter comercial do Jornal da Manhã, portanto, requer essas
qualidades, para muitos entendidas como defeitos editorialmente falando.
Avanço no
tempo e chego a 2005, ano em que fui assessor de imprensa de uma grande central
de negócios do setor supermercadista chamada Rede Super Marca. Um dos
empresários à frente do projeto era João Antônio Binato, de Assis. Eu havia
tido algumas relações comerciais com João Antônio quando da época do jornal
Oeste Notícias, experiência insuficiente para tirar conclusões sobre o jeito
durão que lhe dava fama. Em Marília, onde ficava a sede da Super Marca,
interagi o suficiente com o presidente para também quebrar essa imagem. E
conheci o lado empreendedor dele, com visão de um segmento que prima pela
qualidade exatamente no fator atendimento. Discernimento de um gestor que não
só entende o segmento em que atua, mas, principalmente, valoriza o material
humano com que trabalha. Para algumas pessoas eu posso estar, aqui, sob o
mantra de poder da família Binato, mas, enfatizo, não tenho mais a mínima
relação profissional com o grupo, o que me tranquiliza para escrever sem
qualquer intenção de entrelinhas.
Chego,
então, ao patamar que almejo nessa reflexão. Não basta querer ter o melhor
atendimento. Ou seja, atingir a excelência na relação empresa/consumidor exige
que haja harmonia entre todas as peças participantes do jogo. Também em
Marília, dez anos atrás, quando de minha passagem pela assessoria de imprensa
da Associação Comercial e Industrial de lá, testemunhei as inúmeras iniciativas
do presidente da época, Sérgio Lopes Sobrinho, para oferecer cursos de
aprimoramento no atendimento de lojas e demais estabelecimentos comerciais ali
cooperados. Não basta, dizia ele, ter vontade de oferecer o melhor atendimento;
é preciso criar condições para tal. Em resumo, estabelecer uma cultura de
relacionamento com quem é a razão de ser de qualquer processo de venda: o
consumidor final.
Aqui, em
Assis, talvez com dez anos de atraso, falta uma mobilização geral do comércio
na busca pela excelência no atendimento. Tenho testemunhado e até mesmo
vivenciado na própria pele, no próprio bolso, circunstâncias incabíveis de falta
de gentileza para com os clientes. Tem-se visto, analiso, o comércio como uma
mera oportunidade formal de emprego e renda, ignorando-se, na maioria das
vezes, a realidade de que um cliente dispõe de no mínimo mais de uma
alternativa para comprar aquela mesma mercadoria. Nem que essa alternativa
esteja fora da cidade. E se a situação for analisada por esse prisma, uma
compra fora daqui representa receita evadindo, o que na teia capitalista
significa implicação em fechamento de oportunidades de trabalho.
Conheço e
já prestei serviços ao presidente do sindicato dos comerciários local, Antônio
Orides Rizzo. E, sei, ele compactua de igual pensamento da classe empregadora,
ou seja, de que o atendimento ao cliente tem de ser parte constituinte do
capital de trabalho comerciário. Cursos e palestras promovidos pelo sindicato
têm, entre outras metas, essa finalidade. E se isso acontece, fica a dúvida:
por que, então, ainda sobrevivem casos de atendimento inadequado aos
consumidores?
No sábado,
véspera do Dia das Mães, data tão importante quanto o Natal para o comércio,
saí com minha esposa para comprarmos parte do presente dela. Sim, dividimos o
presente proporcionalmente aos 365 dias do ano, de maneira que não somente em
maio ela seja presenteada pelo fato de ser a excelente mãe e companheira que é.
E naquele sábado fomos a uma tradicional joalheria situada na avenida Rui
Barbosa. Manhã chuvosa, sonolenta, mas não para uma vendedora às vésperas da
segunda principal data de sua profissão no ano. Pois foi com sono, bocejando e
nem sequer opinando sobre as opções de minha esposa que a comerciária nos
atendeu. Só faltava pedirmos desculpas complementando cada pedido de opção de
brincos vista no mostruário. Nem um sorriso, nem uma demonstração de simpatia.
Enfim, nenhuma manifestação de gentileza.
Na
sexta-feira passada fui a um supermercado na avenida Dom Antônio para comprar
leite e alguns artigos que faltavam aqui em casa. Menos de dez artigos, com
certeza, pois meu tempo estava controlado para cumprir compromisso de jantar
entre amigos. Entrei na fila, atrás de um casal que pagaria pela compra com
cheque e caderneta. Atrás de mim chegou um senhor, que logo de cara ironizou a
anunciada demora pelo atendimento, referindo-se à caderneta. Ficamos
conversando e marcamos o tempo de espera no relógio. Passados exatos dez
minutos aquele processo burocrático todo foi concluído, e o casal saiu. Para a
surpresa minha e de meu colega de fila, em vez de atender-me, a funcionária
ficou preenchendo sabe-se lá que tipo de documento. Pedi, então, mais pressa,
ressaltando que estávamos ali havia mais de dez minutos. E cobrei que o
supermercado tenha filas específicas para atender clientes com caderneta, de
maneira que os não portadores desse tipo de benefício não paguem com tempo por
essa espera que pode, obviamente, ser
evitada. A resposta recebida foi proferida enquanto a autora ainda preenchia, à
mão, aquilo que deve realmente ter alguma utilidade em um supermercado quase
que totalmente informatizado. “Nem todo mundo, como o senhor, pode pagar com
cartão”. Sim, claro, ter caderneta não é uma penitência. Pelo contrário, é um
benefício. E o que está em voga não é o poder de compra dos sujeitos envolvidos,
com ou sem cartão. É o tempo demandado para um processo que, parado na
história, sacrifica consumidores que pagam exatamente o mesmo preço por iguais
mercadorias. Nesse caso, tanto eu quanto o casal e o senhor que também estava
na fila demandamos um tempo desnecessário.
A
funcionária sugeriu que fosse chamado o gerente, uma vez que quando ela pediu o
CPF para colocar na nota fiscal meu colega de fila anunciava que haviam se
passado quinze minutos desde a nossa chegada àquele caixa. Desnecessário chamar
alguém que, naquelas circunstâncias, desse ou tirasse razão, muito menos
mudasse uma política de caderneta tão centenária quanto o próprio segmento.
Mas, o que me surpreendeu não foi a resposta que recebi, mas, sim, a forma como
ela foi colocada. Olhar para cara de um cliente e atribuir-lhe ou não méritos
em um contexto de inexistente luta de classe foi deselegante e não cabia para a
circunstância. Pedi, sim, pressa maior daquela funcionária, tendo em vista o
tempo de espera, sem, em momento algum, discriminar portadores de caderneta,
tão consumidores quanto eu que, por sinal, também já consumi no mesmo grupo
supermercadista utilizando igual procedimento de comprar, assinar e pagar com o
salário do mês seguinte.
Felizmente,
no caso específico desse supermercado, este foi um caso isolado. Via de regra
sou muito bem atendido e, tamanha é a frequência de consumo que um hipercenter
proporciona, tem funcionárias e funcionários que chamam-nos pelos nomes e,
inclusive, perguntam dos nossos filhos e outras situações de nossa privacidade,
exatamente como uma relação comunitária proporciona. Mas, de uma vez só, foram
dois casos de relação agressiva com os consumidores, pois a ironia direcionada atingiu
a mim e a meu colega de fila.
Aquela
funcionária talvez até agora entenda que eu tenha optado por não chamar o
gerente temendo qualquer tipo de relação de autoridade. Na realidade, ela
deveria saber que, no universo das ponderações, recordo-me sempre de uma
ocasião em que, em outro supermercado da cidade, nas proximidades do cemitério,
certa vez eu e minha esposa também tínhamos menos de dez artigos na cestinha e
nos direcionamos aos caixas rápidos com essa finalidade. Havia um caixa vazio e,
ali, a funcionária lixava as unhas de uma das mãos. Coloquei a cestinha sobre o
caixa e a comerciária, sem olhar na nossa cara, apenas apontou para os caixas
comuns, que estavam com longas filas. Ao argumentar que estava com menos de dez
artigos ouvi dela, que olhava somente para a cestinha e não para nós, que
certamente havia mais de dez artigos. Afirmei que aquilo, ou seja, a negativa
de nos atender, era um absurdo e ela acionou o gerente, que, com tantas coisas
mais importantes para resolver, demorou, mas veio até nós. Ao contrário da
expectativa dela, o gerente ordenou que nossas mercadorias fossem passadas,
dando, no total, onze artigos. Sim, errei por um. E eis que a funcionária
ironicamente olhou, aí sim, para a minha cara e, sorrindo, afirmou: “eu disse
que tinha mais de dez”. Imediatamente o gerente pediu desculpas pelo ocorrido
e, enquanto um funcionário nos auxiliava colocando as mercadorias no carrinho,
levou consigo para a gerência a funcionária que acabara de nos atender. Não
éramos, soube depois, os primeiros a passar por aquela circunstância, mas, para
aquela atendente, fomos os últimos dela naquela empresa. Em dia de supermercado
lotado, com todos os caixas superlotados, faltou habilidade de relação com o
cliente e, também, solidariedade aos demais colegas de trabalho. E chamar o
gerente, portanto, talvez não seja o melhor pedido nesse tipo de circunstância,
como sugeriu a outra funcionária de caixa na semana passada.
Já fui
vendedor no varejo. Aliás, conheci minha esposa exatamente nessa condição: eu e
ela vendedores de discos, também conhecidos como LPs, no final da década de
1980. Sei bem o quão árduo é ter de estar permanentemente com o sorriso no rosto
e muitas, mas muitas vezes, tolerar desaforos, piadinhas de mau gosto,
cantadas, ofensas e até mesmo agressões verbais por parte de clientes.
Situações, contudo, contornáveis, que nos fazem ao menos tentar chegar ao
limite da tolerância. Nas três circunstâncias que acabei de citar os diálogos
começaram normalmente, sem ofensas e tipo algum de alteração de voz. Os
desdobramentos é que foram permeados por temperamentos e ironias incompatíveis.
E, ressalto, pode até existir quem saia de casa para ir ao supermercado e criar
situações de desaforo. Não era e nem é, com certeza, o meu caso e, tenho
convicção, o caso da maioria esmagadora dos consumidores.
Assis tem,
hoje, três hipercenters respeitáveis. O quarto está chegando ainda em 2012. Dez
anos atrás, não tínhamos nenhum. E naquela época recorríamos aos hipercenters
de Marília, Londrina ou Presidente Prudente. Cidades onde, como no caso do
mariliense Tauste, os treinamentos dos atendentes é permanente. Praticamente
não viajamos mais para fazer compras de alimentos, porém ainda carecemos de um
atendimento de qualidade. Claro, muito foi avançado neste quesito. Mas,
num rápido exercício de memória,
pergunto se você, no supermercado onde compra ou no estabelecimento em geral
onde consome mensalmente, escolhe o caixa onde pagará as mercadorias pelo
tamanho da fila ou simplesmente pela(o) atendente que ali está?
Comentando
sobre essa circunstância chata da última sexta-feira ouvi exatamente essa
pergunta de um amigo. Ele afirmou e eu dou razão: as atendentes e os atendentes
mais simpáticas e simpáticos costumam ter as filas mais longas. Retornei,
depois daquele dia, ao mesmo supermercado e confirmei isso. Coincidência ou
não, há caixas com mais e caixas com menos clientes nas filas. E igual à última
sexta-feira, aquela atendente tinha um ou dois clientes para atender; bem menos
que as demais atendentes.
Investir
em melhoria de qualidade no atendimento é, muito mais que necessário, uma
aposta na mudança de uma cultura. Meu amigo DallaCasa, da Andorinha, informa-me
que em quase dez anos de um trabalho que envolveu treinamento dos funcionários
mais antigos e capacitação dos novos contratados a empresa reduziu em 80% o
índice de reclamações relacionadas a atendimento. O aperto, diz ele, não para
nem é inibido por essa estatística tão boa. A meta é atingir a excelência.
Somos
todos, sem exceção, fornecidos e fornecedores. Temos de oferecer algo, caso
queiramos sobreviver. E sobrevivência significa recorrer ao que é fornecido.
Atendemos e somos atendidos. De arquétipo, da construção coletiva, podemos
chegar ao estereótipo, que é a forma precipitada com que podemos socialmente
ser definidos. De concebidos passamos a definidos, criando uma marca registrada
que na leitura coletiva torna-se um carimbo de apresentação. A gentileza,
entendo, é capaz de mudar esses papeis. A vontade, contudo, dependerá de cada
um.
FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA
RENOVAÇÃO
As
primeiras mudanças no Mercado Modelo Municipal estão prestes a começar.
Inicialmente, pintura da fachada externa. Depois, modernização dos espaços
internos.
MOVIMENTO
A internet
é, realmente, uma mídia que merece estudos mais aprofundados. Da média de 1.200
acessos diários dos últimos meses o Jornal da Segunda Online caiu para menos de
1.000 acessos/dia na semana passada.
FAXINA
Prefeitura
de Assis e TV Tem chegaram a um acordo e a operação Cidade Limpa, antiga Semana
da Faxina, da extinta TV Modelo, voltou à cidade depois de quase dez anos. Com direito
a link ao vivo. E fica a pergunta: será que toda a sujeira realmente foi
despachada neste ano de eleição ou, simplesmente, foi reciclada?
MANJAR GREGO
Os irmãos
Faé e Júlio protagonizaram a produção do melhor peixe que já comi nesses 42
janeiros. Bacalhau assado, com as opções de batata e mandioca, sexta passada,
no ATC. Assim que conseguir furtar toda a receita, posto aqui. Minha ação
criminosa já chegou à metade dos ingredientes necessários.
MASSA
Na
avaliação de cardápio do último mês destaco a pizza da Pizzaria Forno a Lenha,
de meu amigo Eduardo. Massa exatamente a nosso gosto aqui em casa, ou seja, nem
tão fina, nem tão grossa. E um molho de tomate inconfundível. E com a vantagem
de mandar a maquininha de cartão para pagamento em domicílio.
DEGRAUS
Meu amigo
Kallil Dib, competente colunista aqui neste Assiscity, demarca cada vez mais
território em sua trajetória de jornalista. Firme e forte, sendo maior que as
adversidades. Mais um talento local para o mundo.
CARNE-SECA
Reencontro
meu amigo André Thieful. Jornalista formado pela Fema ele hoje está em
Americana, no jornal O Liberal. Retornará à terrinha, de passagem, em julho,
nas férias.
REENCONTRO II
Disse,
aqui, na coluna anterior, que minha amiga Jú Vanzato está na EPTV. Corrijo: TV
Tem/Itapetininga.
PROFISSIONAL
Faustinho
Nóbile assina a produção da trilha de Carrossel, novelinha do SBT que volta
repaginada às telas em 2012. Neste ano, entre outras personalidades que
passaram pelo estúdio do assisense em São Paulo está o maestro e pianista João
Carlos Martins.
GESTÃO
Meu amigo
Mário Ibide abre neste dia 23 o curso “Liderança de resultados: gerenciando
pessoas e superando metas”, na Suppra. São três dias consecutivos de curso,
totalizando 11 horas.
PERGUNTINHA BÁSICA
Com
quantos paus se faz uma canoa?
Um comentário :
Claudio, algumas coisas estão muito além do treinamento. Vem do berço. Atenção, delicadeza, cortesia e bom senso, não se aprende. Se exercita desde a mais tenra educação. Veja você o exemplo disso...desde garoto (falava-se em qualidade naquele tempo?)...Caráter e personalidade. Um abraço. Silvia
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