domingo, 25 de maio de 2014

EU, DA ESCUTA - A rodada dos massagistas 'violentos'


RUÍDO
A rádio Assiscity aos poucos vai deparando com aquilo que por décadas as equipes de esportes de emissoras analógicas tiveram de conviver: a falta de estrutura de estádios brasileiros. Foi assim no estádio Breno Ribeiro do Val, semana passada, e a coisa se repetiu no Tonicão, nesse domingo. Internet precária em estrutura deficitária e lá foi a rádio Assiscity entrar no ar com meia hora de bola rolando no derby.

COBERTOR CURTO
A situação ridícula a que o torcedor de Assis fica exposto no estádio Tonicão é digna de piada. Se no derby de 20 de maio queimaram-se pescoços, braços e carecas sob sol escaldante, nesse domingo os corajosos torcedores saíram de casa debaixo de garoa e sob frio e assim continuaram expostos. Estádio sem cobertura sujeita o público ao desconforto. Em Assis, paga-se para ficar assim.

OITO OU OITENTA
Impossibilitado de estar no estádio nesse derby, dada a distância Assis>Campina Grande, fiz minha parte de comunicador quando, requerido por amigos, nas redes sociais, percebi que havia carência de informações, em tempo real, sobre o que ocorria no Tonicão. Com a rádio Assiscity fora do ar, dezenas de torcedores acreditaram que conectariam seus computadores na cama, no sofá, enfim, debaixo do cobertor e ouviriam o jogo sem precisar tomar chuva ou gelar no vento frio nas molhadas arquibancadas do estádio de Assis. Se enganaram, e desesperaram.

OITO OU OITENTA II
A rádio Assiscity entrou no ar por volta de 30 minutos do primeiro tempo, mas os amigos que acionei, não sabendo disso, continuaram disparando torpedos, via celular, com os principais lances e detalhes do jogo. Por exemplo, havia parte considerável da torcida no prédio de entrada do Tonicão, ou seja, assistindo ao derby a uma distância de dezenas de metros. O motivo, claro, era a proteção da chuva, que caiu durante todo a etapa inicial.

OITO OU OITENTA III
Entre meus contatos no Tonicão estavam torcedores de Atlético Assisense e Vocem. Ambos, contudo, não ignoraram a superioridade do Falcão do Vale na partida. Igual ao derby do primeiro turno, mas com a diferença de, dessa vez, o Vocem ter feito a diferença. E no futebol a diferença chama-se gol.

SEM BONÉ
No início da tarde, depois do jogo no Tonicão, houve especulação de que Tupãzinho teria colocado o cargo à disposição da diretoria do Atlético Assisense. A informação não foi confirmada pela diretoria do clube, que diz ter intenção de manter o contrato até o final, ou seja, até que haja esperança de classificação.

CÁLCULOS
O Falcão do Vale não depende mais das próprias forças para conseguir a classificação, mas isso vem desde a sétima rodada, com a derrota para o Osvaldo Cruz. Um fator novo, contudo, reacendeu a esperança do time: a possível punição justamente do Osvaldo Cruz, que perderia pontos por ter escalado irregularmente jogador no confronto com o Presidente Prudente FC, no primeiro turno. De acordo com Boi, presidente do Assisense, caso o TJD puna o Osvaldo Cruz, a perda será de 4 pontos, pois o código disciplinar da CBF prevê perda dos pontos do jogo (3), mais 1 ponto.

BURACO MAIOR
O abismo em que o Osvaldo Cruz se meteu com essa história toda pode ser ainda maior. No jogo Grêmio Prudente 2x0 Osvaldo Cruz, sábado, no estádio Prudentão, a equipe esportiva da rádio Clube 750 AM falava de um segundo caso também envolvendo situação irregular de jogador no time de Osvaldo Cruz. Não poupa-se em crítica o trabalho do presidente Zaparolli.

AFRONTA
Acusador e acusado voltam a se encontrar na próxima rodada da Segundona. Agora no Prudentão, Presidente Prudente x Osvaldo Cruz duelam para saber quem continua vivo no torneio, antes do julgamento no TJD no dia 2 de junho. Com uma vitória, o PPFC entra na briga direta pela quarta vaga do grupo, pois dependendo do resultado de Bandeirante x Atlético Assisense, na mesma rodada, o time de Assis pode acabar na lanterna isolada da chave. O PPFC é acusador porque é dele a denúncia contra o Osvaldo Cruz.

EM REDE
O confronto dos desafetos poderá ser assistido por torcedores de Assis e de todo o país. A Rede Vida, com o fim de torneios como a Série A-3, começa a dar foco na Segundona. Chegou e já abalou estruturas, alterando o horário do jogo desse sábado, no Prudentão, das 17h00 para as 19h00. No domingo, às 10h00, transmite Olímpia x Barretos.

CRISE
Pela primeira vez o presidente do Atlético Assisense, Boi, admitiu que as coisas não estão boas nas finanças do clube. Segundo ele, a expectativa de bom público para o derby desse domingo era uma esperança para que alguns compromissos fossem honrados na semana. O dirigente lamenta haver desânimo de alguns colegas de diretoria, abatidos com os resultados das últimas rodadas. E, principalmente, teme que o impacto negativo dessa fase incida sobre as parcerias comerciais, fundamentais para a sobrevivência do projeto de 2014.

DE NOVO
O Grêmio Prudente é o melhor time do grupo 1 e um dos melhores da Segundona em 2014, mas quando o assunto é mau exemplo de sua equipe gestora consegue exceder. Sábado, na vitória por 2x0 sobre o Osvaldo Cruz, mais um representante do clube prudentino foi parar na súmula do árbitro Roberval José de Oliveira. Dessa vez foi o auxiliar técnico Marcelo Casagrande, que na súmula do árbitro aparece como autor dos dizeres "já falei pra vocês, não vai dar nenhum a para nós, tá de sacanagem com meu time, porra". Foi expulso e o caso, para o TJD.

TEMPO PERDIDO
O árbitro Roberval José de Almeida também deu lá seu escorregão na súmula. Ao justificar os acréscimos para o jogo de sábado, no estádio Prudentão, arguiu que aumentou em 1 minuto o primeiro tempo e 3 minutos o segundo, devido ao que classificou como substituições, transporte de jogadores lesionados, substituições e... "perda de tempo". Como assim?

OITO MINUTOS
O jogo Atlético Assisense 0x1 Vocem também rendeu assunto em súmula. O árbitro Douglas das Flores registrou que a ausência de médico implicou em 8 minutos de retardamento no início do derby. Sem o médico do Assisense quem assumiu o comando foi o médico contratado pelo Vocem, Sebastião  Júlio Rodrigues Júnior. Nas redes sociais, o presidente do Assisense, Boi, disse que o médico acordado era André Gava, tradicional parceiro tanto de Assisense como de Vocem há mais de 10 anos.  No TJD, com certeza, alguns reais de punição ao Falcão do Vale daqui a uma semana.

ATENDIMENTO MILAGROSO
Aos 20 minutos do segundo do confronto XV Jaú 1x2 Pirassununguense o jogador Wesley, do time visitante, saiu de campo alegando precisar de atendimento médico, devido a suposta contusão. Quando retirado, contudo, pulou da maca e correu para a lateral do campo, pedindo retorno. Recebeu, entretanto, cartão amarelo, por clara simulação de contusão, para parar o jogo. Como já tinha recebido cartão amarelo logo a 14 minutos do primeiro tempo, foi expulso. Na súmula do árbitro Márcio Roberto Soares, vai parar no TJD.

BOCUDOS
Tem arbitragem que não agrada gregos nem troianos. Márcio Roberto Soares saiu do estádio Zezinho Magalhães, em Jaú, com essa certeza. Nesse domingo, no intervalo do jogo, expulsou o preparador físico do XV de Jaú, A.R. de M, por ter vociferado: "só um minuto? você é um filho da put*, safado, veio aqui para complicar, vai tomar no c*, seu filho da put*". Logo em seguida, mais um representante do time mandante expulso, mas com ofensa incompleta. Dessa vez foi o auxiliar técnico que disse apenas "só um minuto". Considerando o repertório do expulso anterior, o árbitro não pensou duas vezes e botou pra fora do jogo.

BOCUDOS II
Pensa que acabaram as ocorrências no jogo XV Jaú 1x2 Pirasununguense? Pois depois do jogo foi a vez de o técnico visitante soltar os cachorros pra cima do árbitro Márcio Roberto Soares. Ricardo Luis do Nascimento foi em direção ao trio de arbitragem e assim definiu: "essa foi a pior arbitragem do campeonato, você é mal intencionado". Contido por um dos jogadores do Pirassununguense, ainda continuou: "você só errou, já veio mandado, você veio mandado". Vai explicar o que quis dizer ao TJD.

LUTO
O jogo Manthiqueira 2x0 Jacareí teve um minuto de silêncio em homenagem à mãe de um dos jogadores do time mandante, falecida. O jogador é Roberson Felipe, camisa 8 do Manthiqueira, que, forte emocionalmente, estava em campo e atuou durante os 90 minutos. Ou melhor, os 59 minutos em que a bola rolou.

UFC
A expulsão do jogador Danilo Ferreira, do São Vicente, na derrota por 2x0, em casa, para o Jabaquara, tem requintes de crueldade. Segundo o árbitro Phillip Lombard, o jogador mandante desferiu um soco no queixo do colega Guilherme, do Jabaquara, quando esse encontrava-se caído no chão. Socar quem está caído e atingir o queixo é coisa para especialista. E especialistas nesse tipo de violência costumam ganhar mais de uma partida de suspensão no TJD. Não por acaso, São Vicente 0x2 Jabaquara foi um dos jogos mais violentos da Segundona até aqui, totalizando 54 faltas. Sim, 54 faltas, com 63 minutos de bola rolando. Só o Jacareí fez mais faltas do que a média de todos os jogos da rodada: 30.

VAI PESCAR
Os massagistas continuam querendo aparecer mais do que a bola nos jogos da Segundona. Dessa vez foi em Portuguesa Santista 1x0 Diadema. Aos 25 minutos do segundo tempo o cidadão Adão Barros da Conceição teve um piti pela não marcação de um lance que entendeu como falta. Saiu gesticulando e, depois de afirmar "árbitro cego, para a gente não marca nada", chutou as garrafas d´água que estavam na beira do gramado. Delatado pelo árbitro assistente 1, Alex Ang Ribeiro, foi expulso, está na súmula e antes da pescaria terá uma sessão de avaliação no TJD.

VAI MATAR
Machão mesmo é o massagista do ECUS. No jogo desse domingo Suzano 3x0 ECUS, o derby local, o cidadão P. C. da S. teve a coragem que ninguém tem de fazer a seguinte ameaça: "seus filhos da put*, vocês estão de sacanagem, se chamar o árbitro você não sai vivo daqui". Essa ameaça foi para o quarto árbitro, que não só avisou o árbitro principal  Alessandro Darcie, como viu a expulsão do massagista e saiu do estádio Francisco Marques Figueira vivo para, daqui alguns dias, saber o resultado do julgamento do bocudo no TJD.

SIMPLES ASSIM
O jogo menos faltoso desa oitava rodada da Segundona 2014 aconteceu em Barretos, na vitória do time mandante por 4x0 sobre o Tanabi, fora o baile. Lá, a bola rolou durante 60 minutos e o Barretos cometeu 10 faltas, ante 12 do Tanabi, de Cabañas. Total de 22 faltas e partida mais light do torneio até aqui.

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