EUSÉBIO - Em Lisboa, naquele outubro de 2012, tive o complementar privilégio de assistir Benfica 0x2 Barcelona, pela UEFA Champions League, no Estádio da Luz. Comprei o ingresso (havia somente 4 unidades na loja do Benfica, no estádio) na dica de um garçom brasileiro que trabalha no Belém. Quando vi aquele monumento em homenagem a Eusébio, fiquei impressionado com tamanho fanatismo dos portugueses pelo ídolo maior. Já não estava bem de saúde, pelo que me disse o taxista que levou-me ao aeroporto, no retorno ao Brasil. E naquela conversa de alguns minutos ouvi, quieto mas não consentido, o convicto enunciado de que Eusébio fora melhor que Pelé, ficando como única diferença que o mundo só reconhece quem ergue a taça de campeão, eterno lamento pelo terceiro lugar na Copa de 1966. O mesmo taxista dizia-me que Cristiano Ronaldo é melhor que Messi e quando perguntado sobre Neymar, respondeu com pergunta: "quem é Neymar?". Talvez, quando eram contemporâneos de bola em disputa, o taxista também respondesse com pergunta, defendendo Eusébio, "quem é Pelé?". De uma coisa, contudo, não fica a dúvida: dois negros, na mesma época, fazendo jus ao mundo sobre o verdadeiro significado de "futebol arte". Que Eusébio descanse em paz, sabedor de que cá, neste lado, seu Benfica ganhou um torcedor brasileiro. Mais um.
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