domingo, 12 de julho de 2015

EU, DA ESCUTA - Perfil da rodada: prevalência do fator competências e habilidades


EM CASA
O blogueiro optou, hoje, por não ir ao estádio. Chegada recente à cidade e o necessário período de recuperação, para estabilizar a saúde. No próximo final de semana, conferência, no Tonicão, sobre os porquês relacionados ao embalado Atlético Assisense.

VACILO
Continuo estranhando algumas coisas que acontecem no elenco do Noroeste. A imprensa esportiva de Bauru definiu como amadorismo, mas, como já vi de tudo nesse universo do futebol profissional, tenho minhas ressalvas quanto à ausência, ou não, de estratégia no fato de Capixaba não ter o contrato renovado, na semana anterior, e, assim, não poder disputar a reta final da Primeira Fase. O jogador, considerado um dos melhores na vitória sobre o Vocem, em Assis, na rodada 12, só poderá voltar, contratado, quando da reabertura da janela de contratações, em agosto, visando à Segunda Fase.

VACILO II
Há duas semanas já adverti, aqui, sobre minha estranheza quanto ao número de jogadores, digamos, profissionalizados pelo Noroeste após o prazo de 9 de junho, quando esgotou-se o período de contratações de jogadores para a disputa da Primeira Fase da Segundona 2015. Entre baixas e contratações, sempre que somei restava um jogador na lista. Mas, reconheço, minha área é das Humanas, e não das Exatas. E, pelo jeito, a equipe gestora do Noroeste pode, realmente, não ser boa de gestão e, assim, ter comido bronha com a renovação de contrato de seu principal atleta.

COINCIDÊNCIA
Sabe-se lá o que a TV Tem editará e mostrará na telinha nessa segunda-feira. Mas, os próprios jogadores do Noroeste acusaram, após o jogo, em entrevista a emissoras de rádio, um exagero da arbitragem ao expulsar jogadores do América na tarde desse sábado. E a limitação desse time do Noroeste é tão evidente que nem jogando com 3 atletas a mais houve proveito da circunstância. A quem não sabe, o América teve Naldinho expulso no primeiro tempo. Na etapa complementar, Caíque foi expulso aos 8 minutos. Dez minutos depois foi a vez de Robson receber o cartão vermelho. Na confusão generalizada, todo o banco de reservas do América foi expulso. E, assim, o time de São José do Rio Preto jogou o restante da partida com 3 atletas a menos e sem opção de substituição.

CERTEZA
Na diretoria do Noroeste aparenta haver uma certeza de que o time está na Segunda Fase. Tanto que nesse sábado, faltando seis rodadas para o término do returno, o time estreou uniforme novo contra o América. Em uma visão mais crítica, o uniforme ‘novo’ do time de Bauru tem cor diferente desde o confronto com o Vocem, no Tonicão, uma semana atrás. Uniforme que responde por prenome de “quarteto” e sobrenome “de arbitragem”.

DESCRÉDITO
Houve divulgação de público e renda do estádio Alfredo de Castilho nessa tarde de sábado. Mas, falta de credibilidade por falta de credibilidade, fiquemos com o boletim financeiro divulgado pela Federação Paulista de Futebol na terça-feira.

PITÍ
Um repórter de rádio de Bauru perdeu a paciência com jogadores do Noroeste após a estranha vitória sobre o América. Lascou, no ar, que não iria correr atrás de ninguém do Noroeste, não. “Muita frescura”, definiu. E abriu o microfone para Guilherme, goleiro do América, considerado herói do jogo, mesmo com a derrota. Haveria uma preferência dos atletas por entrevistas para a TV Tem.

SERIEDADE
O trabalho da rádio Comercial AM, de Presidente Prudente, merece ser contemplado para servir de parâmetro de seriedade e profissionalismo. A mesma equipe esportiva que cobrava o Grêmio Prudente na fase contestável, hoje elogia, por merecimento. E a vida segue, sem que, com isso, jogadores ou comissão técnica do Grêmio façam distinção quanto a quem devem ou não dar entrevistas. Equipe comandada por Gésner Dias, caracterizada por ter mais de um profissional por função, nas narrações, nas reportagens de campo e no plantão esportivo. Todo grande time tem, necessariamente, uma grande emissora de rádio cobrindo seus jogos, ainda mais quando essa cobertura acontece em jogos dentro e fora de casa.

TOALHA
A rádio Clube AM, de Osvaldo Cruz, chegou a garantir, no ar, que manteria compromisso com os anunciantes e, apesar do prenúncio de campanha degringolada do time da cidade na Segundona, iria cobrir os jogos da Primeira Fase, ao menos no estádio Breno Ribeiro do Val. Nesse domingo, porém, a emissora tinha programação musical normal quando do confronto Osvaldo Cruz 1x6 Atlético Assisense. Jogo realizado em Osvaldo Cruz. Uma pena, pois quando atuou, a equipe da Difusora AM manteve a tradicional competência de execução da crônica esportiva imparcial, crítica, sem puxassaquismo e nem discurso contraditório que tanto caracterizam equipes esportivas de rádio que, em um só jogo, conseguem elogiar uma equipe, seus jogadores, seu técnico e seu sistema tático e, de repente, mudar tudo e ver problemas onde havia somente motivos para elogios.

BARRIGA
Sem a competência da Difusora AM, de Osvaldo Cruz, ficou difícil obter informações sobre o que ocorria no estádio Breno Ribeiro do Val nesse domingo. Para piorar a situação, os amigos que foram ao estádio estavam isolados, pois o sinal de telefonia celular da Vivo, naquela cidade, estava péssimo. E se dava para ficar pior, o serviço de internet do estádio Breno Ribeiro do Val estava desativado, impedindo que a atualização do placar online da Federação Paulista de Futebol ocorresse em 'tempo real'.

BARRIGA II
Em circunstâncias como a desse domingo a equipe de profissionais que trabalha na sede da Federação, em São Paulo, atualizando o placar online, faz telefonemas diretamente para o quarto árbitro, no intervalo de jogo, para obter o resultado parcial. Mas, hoje, houve ruído nessa comunicação. E o segundo gol do Atlético Assisense, assinalado por Léo, foi atribuído no placar online como sendo do Osvaldo Cruz. O Falcão do Vale vencia, mas parte da torcida e da imprensa esportiva lamentava que o Osvaldo Cruz, apesar da conhecida crise, pudesse ter novamente ficado à frente do placar. A correção aconteceu somente no meio da tarde, horas depois de encerrado o jogo.

MENOS É MAIS
Nem como mandante o Desportivo Brasil lista número suficiente de jogadores profissionais para os confrontos na Segundona. Nesse sábado, na derrota para o Palmeirinha (3x2), em Porto Feliz, havia três jogadores no banco de reservas do Desportivo. Dois deles entraram, na linha. O outro era goleiro.

MENOS É MAIS II
O Barcelona Esportivo também entrou com apenas três reservas para o confronto com o Olé Brasil, nesse sábado, no estádio Palma Travassos, em Ribeirão. Derrota por 1x0, para não sair da regra dos clubes que, prejudicados pelo Regulamento da Segundona, não podem inscrever mais do que 28 atletas.

MENOS É MAIS III
Bancos de reservas desfalcados por completo no confronto Guarulhos 0x1 ECUS, sábado. Guarulhos com somente dois reservas e ECUS, com três.

MENOS É MAIS IV
O Bandeirante foi a Presidente Prudente enfrentar o Grêmio, de novo, com somente 1 jogador no banco de reservas. Caíque, que é goleiro, entrou no jogo aos 33 minutos finais. No ataque, pois confidenciou a jornalistas esportivos que não leva jeito para atuar na defesa com os pés.

ZERADO
Foi noticiado pela imprensa esportiva de Bauru que todo o banco de reservas do América, à exceção do segundo goleiro, havia sido expulso quando da aplicação do terceiro cartão amarelo a atleta do time de São José de Rio Preto, sábado, no estádio Alfredo de Castilho. Na realidade, só ficou o goleiro reservas porque o América levou a Bauru somente 2 reservas. Além do segundo goleiro Lucas, Daniel estava no banco, mas entrou aos 21 minutos, antes da terceira expulsão.

DESESPERADO
O preparador físico do América foi expulso na confusão após a aplicação do terceiro cartão vermelho para o time de Rio Preto. De acordo com o árbitro Luciano Alves de Lima, o membro da comissão técnica visitante entrou em campo e disse: "Você viu o que está fazendo? Você expulsou três jogadores nossos. Não pode fazer isso". Expulso, não quis deixar o banco de reservas, mas mudou de ideia quando a polícia chegou.

ESTRANHO
A desconfiança do blogueiro sobre as três expulsões em Bauru, nesse sábado, tem por fundamento um detalhe interessante. Depois que os clubes da Segundona se deram conta de que o número de cartões vermelhos e amarelos é critério secundário de desempate para a definição dos grupos das segunda e terceira fases, as comissões técnicas passaram a orientar seus atletas a evitar tais punições. E a incidência de cartões vermelhos caiu, como pode ser comprovado nas estatísticas do torneio.

ESTRANHO II
Nessa décima segunda rodada, por exemplo, houve expulsões somente em Noroeste 3x1 América e em Fernandópolis 2x0 José Bonifácio, em 15 jogos realizados. E o América teve expulsos, num só jogo, três jogadores, que é o número total de expulsões que acumulou em 11 jogos disputados. É o quarto time menos faltoso do Grupo 1, o que faz aumentar a suspeita em torno da interpretação de jogo feita pelo árbitro Luciano Alves de Lima. Ele, por sinal, atuou em jogo de time de Assis nesse ano. Estava escalado para Tanabi 0x1 Atlético Assisense, dia 31 de maio, no primeiro turno.

MEIA
Olé Brasil e Barcelona entraram em campo com meiões na mesma cor. Nesse caso, é consenso que quem troca é o clube visitante. Feita a troca, o jogo começou com atraso e isso foi parar na súmula do árbitro Luciano Monteiro dos Santos. E quando a bola rolou, foi bem. Jogo com 65 minutos de bola rolando, 27 faltas cometidas, sendo 15 pelo Barcelona.

ETERNO RETORNO
Uma semana depois de o Atlético Assisense ser notificado pelo TJD sobre pendência de taxa de arbitragem, que deveria ser recolhida para a realização de jogos das categorias de base, o Vocem também sofreu igual puxão de orelhas. Segundo dirigentes do Falcão do Vale, quando da publicação da ata do TJD o pagamento já havia sido efetuado. Mesma situação, imagina-se, ocorre com o Esquadrão da Fé.

ETERNO RETORNO II
Dever taxa de arbitragem para jogos dos torneios sub-15 e sub-13, por exemplo, suspende uma agremiação para a disputa desse mesmo nível de certame, ou seja, não a elimina da Segundona. Mas, se a equipe envolvida estiver disputando a Segundona e tiver colocado esse torneio, de categorias de base, como condicional para a participação, alternativa, em outro evento organizado pela Federação Paulista de Futebol, uma suspensão desencadeia outra. E são exatamente esses os casos de Atlético Assisense e Vocem.

MUITA CHUVA, NADA DE ÁGUA
O Sistema Cantareira recupera, aos poucos, o nível considerado ideal de água. Mas, em Guarulhos, o estádio Antonio Soares de Oliveira, continua com as torneiras e chuveiros secos nos vestiários da arbitragem, da equipe visitante e, pasmem, da equipe local. O árbitro Adriano de Assis Miranda não gostou de trabalhar, suar e não poder tomar banho, e relatou o caso em súmula. E disse ter recebido como argumento, da diretoria do Guarulhos, que havia torneiras secas em toda a região, e não somente naquela cidade.

SEM MONUMENTO
A execução do Hino Nacional, em Guarulhos, ocorreu sem Bandeira Nacional. Praga ou não, o ECUS venceu por 1x0.

QUE FASE!
O jogo em Osvaldo Cruz, nessa manhã de domingo, começou com 23 minutos de atraso. Segundo o árbitro Douglas Marques das Flores, não havia tomada de energia elétrica para ligar o desfibrilador da ambulância colocada em plantão para atendimento de atletas e demais sujeitos envolvidos no jogo. Desfibrilador é aquele equipamento utilizado para reanimar vítimas de ataques cardíacos diversos.

ESTRANHOS NO NINHO
Aparentemente, o Osvaldo Cruz está utilizando de todas as alternativas para conseguir colocar 11 jogadores em campo para a disputa de seus últimos compromissos na Segundona. Há três rodadas o clube vem sendo analisado nos registros de atletas que apresenta para os confrontos disputados. Nesse domingo, não foi diferente. Atletas com fichas colocadas sob suspeição, encaminhadas em súmula e que devem, futuramente, implicar em perdas de pontos, a exemplo do que já aconteceu no ano passado. De 15 atletas listados, somente 2 têm registro profissional.

TRUNCADO
Jogar contra o Tanabi é sempre uma aventura para as canelas. Extremamente faltoso, o time faz, também, com que a bola role menos. Contra o Vocem, nesse domingo, não foi diferente. E propiciou um recorde. Foi o confronto em que a bola rolou menos nesse certame. Simplesmente, o jogo rolou com 47 minutos no empate em 1x1. De 33 faltas cometidas, o Tanabi foi autor de 23, o que rendeu 4 cartões amarelos.

GANDULA MALANDRO
Reter a bola de jogo quando o time da casa está ganhando é uma estratégia comum de gandulas, mas implica em punição ao clube mandante quando isso vai parar na súmula. Advertido duas vezes, o repositor de bolas do estádio Sócrates Stamato, em Bebedouro, rendeu prejuízo certo à Inter, que tão bem vem nessa Segundona. Recordista de público na temporada, a Inter vai responder, no TJD, pela expulsão, aos 90 minutos de jogo, de um de seus gandulas. Segundo o árbitro Rodrigo Pires de Oliveira, o gandula já havia sido advertido no intervalo de jogo. Único ponto negativo na vitória por 3x1 sobre o Amparo, nessa manhã de domingo.

NATO
Aguiar, do Atlético Assisense, fez mais dois gols nesse domingo, em Osvaldo Cruz, é agora é líder isolado da artilharia da Segundona. Soma 10 gols. Viola, do Taboão da Serra, não marcou na rodada. Eduardo, do Grêmio Prudente, fez 1 dos 5 gols sobre o Bandeirante e tem 9 tentos.

 NOTA   DEZ 
Para a torcida Mancha Roxa, que sabiamente postou-se, nesse domingo, no lado oposto das arquibancadas do estádio Tonicão. Apoio irrestrito ao Vocem, separando joio de trigo.

 NOTA    ZERO 
Para o placar online da Federação Paulista de Futebol.

                          IMAGEM DA SEMANA                         

ROTINA - Em apenas dois jogos o Atlético Assisense marcou 13 gols. Afora a situação crítica de seus adversários nesses confrontos, o Falcão do Vale fez sua parte e teve desempenho que, por exemplo, seus adversários diretos de G-4 não tiveram quando enfrentaram as mesmas equipes. Ou seja, se é fácil fazer 7 gols no José Bonifácio, na casa do adversário, não foi isso o que se viu quando o Fernandópolis recebeu, sexta-feira à noite, a mesma equipe e marcou 'somente' dois tentos. O melhor disso tudo é que as duas vitórias, consecutivas, por goleada aconteceram justamente na ingrata sequência de duas rodadas atuando fora de seus domínios. Seis pontos valiosos, que colocam o Atlético Assisense na vice-liderança do Grupo 1, à frente do apadrinhado Noroeste nos critérios de desempate. Faltam, pois, mais três vitórias (desde que não perca os outros dois confrontos) para que o Falcão do Vale confirme a melhor campanha de sua história na Segundona, resultado de um trabalho que envolve relação direta com agenciadores de jogadores, equilíbrio de planejamento e um isolamento total das especulações que tanto caracterizam os bastidores do futebol profissional de Assis. Focado, o Atlético Assisense, sob o competente trabalho de gestão de Carlos Alberto Seixas, não para de surpreender. E, pelo jeito, tem mais surpresa pela frente. Falta, apenas, a cidade reconhecer isso.

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