BAIXA DEMANDA
A cidade de Assis bate, a cada mês, recordes de produção de resíduos sólidos domiciliares. Ainda não há estatística formal sobre isso, mas a cooperativa que controla a coleta seletiva estima que, hoje, há mais materiais retornáveis retirados das residências do que lixo orgânico.
BAIXA DEMANDA II
Com população controlada desde a década de 1990, a partir de quando houve equilíbrio entre nascimentos e óbitos, Assis produz lixo dentro do que considera-se normal. Esse recorde, portanto, de produção de resíduos sólidos, não orgânicos, ou seja, retornáveis, advém de adesão cada vez maior ao serviço de coleta seletiva. Nunca, pois, as coletoras cooperadas trabalharam tanto.
BAIXA DEMANDA III
Tamanha produção de lixo retornável, separada dos resíduos orgânicos, faz aparecer um problema que aumenta gradativamente a cada ano: falta mão-de-obra que encare sol, chuva e, variavelmente, desaforo daqueles que acham muito separar o lixo e dar destinação correta ao que pode ser reindustrializado.
BAIXA DEMANDA IV
Claro, são nossas heroínas mulheres que aceitam esse desafio de conduzir os carrinhos ruas acima e abaixo pela Sucupira do Vale. Elas já foram 60 na cooperativa, mas hoje resumem-se a 32. Na esteira da cooperativa, fazendo a separação e a devida destinação, são 20, enquanto deveriam ser 40. E olha que essas 20 são uma equipe composta por coletadoras que, quando saem das ruas com seus carrinhos, assumem o verdadeiro espírito do cooperativismo e ajudam a completar esse time no processamento. Isso, até 19 horas, todos os dias úteis da semana.
BAIXA DEMANDA V
Uma mulher cooperada não faz fortuna trabalhando na coleta. Ganha algo em torno de 2,5 a 3 salários mínimos por mês, ou seja, quase o dobro em comparação a uma diarista ou empregada doméstica que, muitas vezes, sequer colabora com a coleta seletiva pelos patrões. Tem carteira registrada e serviço qualificado como insalubre, o que abate um ano a cada 5 anos trabalhados quando o assunto é contagem regressiva para a aposentadoria.
VALENTES
Outro time valente, na cidade, quer dar igual importante passo, compatível com a conquista da Faculdade de Medicina. Cinco médicos já têm pronto, em mãos, projeto para a instalação de um hospital especializado em tratamento de doenças do coração. A mesma base de diálogo das políticas públicas que trouxe o curso de Medicina para a cidade trilha o caminho para a fundamental parceria com os governos estadual e federal na estruturação desse novo hospital. Hoje, planos de saúde e SUS encaminham pacientes com doenças cardíacas ou para Prudente ou para São Paulo.
PARADEIRA
Proprietários de estacionamentos de veículos usados lamentam aquele que já é o pior janeiro dos últimos dez anos. Com as facilidades para aquisição de veículos zero quilômetro as concessionárias pegam os usados como entrada e repassam, sem êxito, para giro nas garagens. Feirões de semi-novos começam a ser organizados na cidade para o período pós-Carnaval.
MOVIMENTEIRA
Em compensação, as concessionárias de veículos novos não têm do que reclamar. O ano comercial de 2015 já é, ao menos, 25% melhor do que foi o princípio de 2014. O fator novidade, dizem os revendedores de Assis, é a política de juro zero garantida pelos fabricantes, diferencial que rende, e muito, ao final dos planos de financiamento. Isso, claro, porque o governo do Reino da Hipocrisia Vermelha fez sua parte de chato da história e começou o ano aumentando taxas de juros e tirando todo tipo de estímulo à produção industrial.
VIDA BOA
O psiquiatra Francisco Faro, um dos profissionais de saúde que mais repeito em Assis, aposentou. Mas, engana-se quem pensa que o médico tenha parado. Na realidade, agora ele carrega a própria agenda e atende conforme seu planejamento de vida permite. Agora, não são os pacientes que definem seus horários; o médico é que lhes sugere o tempo de que dispõe para, em seu ritmo, praticar a psiquiatria. Bom para os pacientes, ótimo para Faro, que merece.
PODER DE COMPRA
As interações inter-pessoais, também chamadas de trocas de experiências e perspectivas, rendem sementes de especulações, no bom sentido. Logo, nada melhor do que uma boa conversa, à base da confiança mútua, para que conclusões sejam tiradas ou, ao menos, seja despertada uma pesquisa em busca de confirmações de suposições nascidas de referências tidas como boas. Filosofia demais, reconheço, para definir as circunstâncias que regem minha definição, enquanto blogueiro, para as pautas exploradas em três gêneros textuais cá, no Blog: o dissertativo, a crônica e o off. àqueles que não entendem das gírias e dos trejeitos do jornalismo, "off" são os dropes, que nesse espaço do Blog eu denomino Fiscalização Eletrônica.
PODER DE COMPRA II
É à base desses diálogos, em off, que venho ouvindo, há três anos, sobre dois projetos de construção de um shopping center em Assis. Esse empreendimento, que de um ano para cá ganhou denominação de mega center, ficou sempre no papel. Meus lamentos ecoaram nas rodas de amizade que mantenho em Campina Grande, onde trabalho desde abril de 2014. E da mesma forma que meus amigos de cá perguntam sobre a minha segunda cidade, de lá, os de lá perguntam e leem sobre a minha Sucupira do Vale. O que posso dizer, de antemão, é que antes do primeiro grupo de amigos assisense ir conhecer o Maior São do Mundo, em junho, haverá um grupo de empresários campinenses vindo conhecer a capital do Médio Vale. Pessoas que, lá, estão erguendo o Rio Sierra Shopping, o maior empreendimento do gênero no interior do Nordeste na atualidade, com capital dos grupos Rio do Peixe e Rocha Cavalcante.
INCOMPETÊNCIA
Há anos sou um crítico chato sobre algumas modificações feitas no trânsito de Assis. Em parte do que critiquei, reconheço, voltei atrás, pois as alterações efetivaram-se como ganhos, e não como perdas. Mas, há algumas aberrações que o Departamento Municipal de Trânsito da Prefeitura local protagoniza que, pasmem, mais parecem piada, ano após ano. Exemplo claro disso é a incoerente circunstância em que há dois sentidos de direção em uma única quadra, ao lado do Avenida Max. Quem sai do supermercado pode convergir à direita numa rua que tem sentido único contrário. Ou seja, os clientes saem na contramão sem, contudo, cometer infração alguma, uma vez que não há placa de sinalização que aponte sentido único à esquerda. Aqueles que estão na avenida Dom Antônio e querem convergir à direita pela via, não pode e têm sinalização aérea que indique a infração. Mas, no meio do quarteirão, quem sai do supermercado, pode. Creio que seja o trecho de mão única mais curto do planeta e merece avaliação pelo Guiness.
INCOMPETÊNCIA II
Cruzamento em que já foram registrados acidentes com vítimas fatais, o ponto em que as ruas André Perini e Orozimbo Leão de Carvalho se encontram tem, há anos, um semáforo. Nessa semana, contudo, aquele recurso eletrônico de sinalização completou um mês funcionando apenas com a luz amarelo piscante. Ou seja, está com defeito e entrou em sinal de alerta no aguardo de um reparo. Esse tipo de recurso, quando automático, é acionado durante as madrugadas, indicando aos condutores de veículos que para cruzar determinada via é preciso mais atenção do que o normal. O tal do 'sinaleiro' já virou motivo de piada dos mais variados tipos e gêneros, todos relacionados ao prefeito dos 15 mil votos. Preço caro por manter na equipe aqueles que herdou do mandato mais criticado da história da cidade, qual seja, de Ezio Spera. A cada piscar amarelo aumenta o vermelho, da rejeição.
OLHO VIVO
Aos poucos as grades de ferro instaladas no muro dos fundos da Prefeitura, na rua Smith de Vasconcelos, vão desaparecendo. Cada pedaço representa um capítulo da história de Assis, uma vez que aquelas grades vieram do antigo Gymnasio de Educação, primeiro colégio padrão de Assis, construído quase cem anos atrás onde hoje está, também aos pedaços, o Cinema Municipal. Atualmente, somente 2/3 do que restou das grades encontra-se no local. O que foi retirado saiu dali por conta de vãs tentativas de controlar o fluxo de águas pluviais em dias de alta precipitação, que inundam o Paço Municipal mas jamais limpam a política local. Mais uma comprovação da incompetência daqueles que assumem a função de fazer a gestão da cidade e não conseguem nem administrar o que precisa existir, quiçá o que já existe ou existiu.
HIPOCRISIA VERMELHA
Nesse exato momento eu, você, enfim, cada um de nós, brasileiros, já pagamos R$ 931,17 em impostos dos mais variados tipos. Os números são do impostômetro, calculado em parceria entre as associações comerciais de todo o país, em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação. Por segundo, ou seja, 60 vezes por minuto, o governo brasileiro arrecada R$ 73,798,94 com tributos. Era, com certeza, para estarmos muito melhor do que estamos ou, pelo menos, sem medo de ficar sem água, luz e crescimento econômico. PT, pois, nunca mais, pois com o que foi arrecadado em impostos, nesses 29 dias do ano, daria para distribuir 3 cestas básicas a cada habitante do país do Bolsa Família.
FORTE
A população de Assis projetada pelo IBPT é, atualmente, de 98.715 habitantes. Ano passado, essa força demográfica fez gerar uma receita de R$ 137.702.544,71. Para dar impacto: R$ 137,7 milhões de geração de receita tributável. Não era, pois, para termos ruas esburacadas, escolas municipais abandonadas e semáforo piscante no trânsito na Sucupira do Vale que elege prefeito com 15 mil votos.
PEQUENA GRANDE FORÇA
O IBPT mostra que nesse exato momento há 14.166.478 micros e pequenas empresas abertas, com razão social, no Brasil. O Estado de São Paulo detém 27,7% desse total, com uma força produtiva ativa de 3.800.071 micros e pequenas empresas abertas.
PEQUENA GRANDE FORÇA II
Em Assis são, hoje, 10.852 micros e pequenas empresas em funcionamento, o que corresponde a 92,9% das razões sociais inscritas e ativas, locais, na Junta Comercial do Estado. A maior parte desses pequenos negócios adere ao Simples enquanto regime de tributação: 4.371 empresas. Em regime normal são 3.546 e em SIMEI, 2.935.
PEQUENA GRANDE FORÇA III
As micros e pequenas empresas, juntas, geram arrecadação tributária de R$ 24,4 bilhões no Estado de São Paulo. Isso faz gerar um faturamento de R$ 279,3 bilhões pelo setor que mais emprega nos quatro cantos do país.
PEQUENA GRANDE FORÇA IV
A boa notícia para Assis é que ao menos até as 18h00 dessa quinta-feira, dia 29, a Junta Comercial do Estado de São Paulo não havia formalizado nenhuma baixa de micro ou pequena empresa na cidade no mês de janeiro. Esse balancete oficial será fechado nessa sexta, dia 30, e tornado público na segunda-feira. Continuarei fazendo o monitoramento desse desempenho cá, no Blog, mês a mês.
JÁ QUE...
Um linguarudo leitor do Blog questionou, por e-mail, por que eu não dei números sobre a economia da minha Campina Grande, na Paraíba, no balanço que fiz, nessa semana, sobre o fato de Assis continuar entre as 60 cidades paulistas com mais empresas abertas e em funcionamento. Atendendo a pedido, pois, eis a estatística: a Princesa da Borborema é a atual 89.a cidades no ranking nacional de empresas ativas, com 24.847 negócios em funcionamento, ou 0,16% do total nacional. Segundo o raro e exceto leitor, eu encho demais a bola de Campina Grande, para onde mudei meu local de trabalho em abril de 2014, tornando-me um visitante periódico de Assis. Pode ser...
CÁ ENTRE NÓS...
... quantos deputados eleitos e com votos registrados em Assis, em outubro passado, visitaram a cidade desde a efetivação do resultado? Mais um dossiê em preparação e que será publicado, cá no Blog, nas próximas semanas. Vamos, pois, não só identificar tais eleitos, como apontar os nomes dos figurões de Assis que os apoiaram.
STAND BY
Desequilíbrio na saúde continua mantendo-me fora do ritmo normal de produção e trabalho. Espero, em um mês, estar restabelecido de alguns procedimentos por que passarei a partir da próxima semana. Justificativa, desde já, para eventual suspensão das postagens no Blog. O que posso dizer é que herdo de meu pai, José Messias, o enunciado de que nós, Messias, somos aeroeira e não é qualquer praga que nos derruba. Amém.