CASA LOTADA
O número de pagantes no Tonicão, nesse domingo, foi recorde do ano. Mais de 1.600 torcedores e renda superior a R$ 8 mil. Pela catraca da portaria do estádio, porém, passaram, em média, duas mil pessoas. Ou seja, aproximadamente 400 torcedores com idade abaixo de 10 anos ou acima de 65.
CASA LOTADA II
E, cada vez mais, a Autarquia Municipal de Esportes comprova está muito, mas muito longe de entender de gestão de eventos esportivos da magnitude de um derby. Apenas uma das duas bilheterias do Tonicão foi usada para a venda de ingressos nesse domingo. Resultado: congestionamento fora do estádio, muita confusão e ânimos acirrados.
CASA LOTADA III
O derby, portanto, foi da paz. Mas, se perguntar a quem entrou no estádio com a bola rolando havia mais de 20 minutos, o que sairá de definição sobre a Autarquia não será nada amistoso. Dois clubes profissionais, uma Prefeitura amadora. E o estádio, claro, eternamente inacabado.
CASA LOTADA IV
Com aproximadamente mil pessoas em cada setor de arquibancadas do Tonicão, claro, no intervalo do derby os banheiros do estádio, que justificam restrições nos laudos da vigilância sanitária, foram insuficientes para atender à demanda. E assim prolonga-se a história desse estádio.
MÍSTICA
O Atlético Assisense, mandante, utilizou duas estratégias que deram certo desde o primeiro derby. Ficou nos vestiários dos visitantes e usou o uniforme de cor predominante branco. Com o resultado, adverso, expectativa, agora, para a Segunda Fase, nos jogos em que o Falcão do Vale será mandante. Continuar, ou não, utilizando o vestiário dos visitantes?
INCENTIVO
Em meio à vã especulação de que chegaria dinheiro vindo de Fernandópolis para eventuais empate ou vitória do Atlético Assisense o que houve, de fato, foi uma vaquinha. Capitaneada por familiares de ex-jogadores do Falcão do Vale, hoje em grandes clubes do Brasil e do mundo, a arrecadação foi um reconhecimento à campanha do clube, classificado com duas rodadas de antecedência. Valor entregue aos jogadores no sábado.
INCENTIVO II
A exemplo do que ocorreu no derby do primeiro turno os jogadores do Atlético Assisense tinham valor estipulado para bicho em caso de vitória sobre o Vocem. Como foi mandante, o Falcão do Vale não pagaria bônus em caso de empate. A gratificação, agora, fica adiada para o primeiro jogo, fora de Assis, na Segunda Fase.
LÚCIO BARRICOELHO
A chegada do blogueiro ao Tonicão coincidiu com a de Lúcio Coelho, a lenda viva do fotojornalismo da região. E ao passar por um torcedor que vestia camisa do Corinthians, Lucião praguejou: "vou torcer pro São Paulo hoje". Riso geral, e o blogueiro cobrou do amigo mais neutralidade. E a resposta, ao estilo bem humorado de Lúcio, saiu: "vou torcer, mesmo, é para o meu Santos, hoje, contra o Coritiba".
LÚCIO BARRICOELHO II
Lúcio foi informado pelo blogueiro que o Santos dele havia aplicado 3x0 sobre o Coritiba, mas na noite anterior, com direito a gol do artilheiro Ricardo Oliveira. E, espantado, perguntou: "como assim?!". Realmente, não sabia que seu primeiro time já havia jogado, e vencido. Mais risos ainda.
BARULHO
Emocionante, nesse domingo, o som da explosão de gritos coletivos de "gol", saído do setor de arquibancadas da torcida do Vocem.
BARULHO II
Igualmente emocionante o som da chegada da torcida organizada Os Maritacas, de Cândido Mota, vítima do tumulto na portaria do Tonicão. Bateria dos candido-motenses fez presença ao lado da Torcida Jovem, do Atlético Assisense.
FICA A DICA
É consenso na torcida do Atlético Assisense de que, para a Segunda Fase, deva haver uma alternativa a pipoca e pastéis no, digamos, cardápio anexo ao setor de bar. Os espetinhos ajudam a amenizar a fome, na opinião da maioria. E, claro, representariam um reforço a mais de caixa para o clube.
CAIXA
Aos poucos as placas de publicidade no entorno do gramado do estádio Tonicão, em jogos mandados pelo Atlético Assisense, se multiplicam. Nesse domingo havia uma variedade maior na comparação com o jogo da semana passada, ante ao Tanabi. E, novamente, prevalência de empresas situadas em Cândido Mota, a cidade da região que acolheu o projeto do Falcão do Vale em 2015.
REFORÇO
O conhecido retorno do lateral Rafinha, que está na Tailândia, despertou interesse no Atlético Assisense, clube que o revelou. Alternativa para a disputa da Segunda Fase.
MALA SEM ALÇA
Sorte dos dirigentes do Fernandópolis não ter sido concretizada a especulação de mandar o que na imprensa esportiva daquela cidade foi definido como incentivo para que o Atlético Assisense dificultasse as coisas para o Vocem. Recordações, por parte do presidente Bahia e do técnico Seixas, da baixaria protagonizada pelo Fefecê, mês passado, quando do empate de 1x1 no Tonicão. No intervalo daquele jogo houve confusão envolvendo a comissão técnica visitante. Faltaria, e muito, vergonha na cara dos dirigentes rivais em eventual busca de diálogo no sentido de propor mala branca.
NÉ?
A Segundona 2015 está provando que se gabar de excesso de dinheiro em caixa leva, mesmo, a chegar à última rodada com a incerteza da classificação. Dinheiro, pois, compra (quase) tudo, mas não produz campanha própria e pontos que garantam a vaga.
PALESTRA
Barduzzi 'Pai', torcedor que marca presença nos jogos do Atlético Assisense, havia comentado, no jogo contra o Tanabi, que a presença do presidente do clube, Bahia, nos vestiários, nos intervalos das partidas, seria um fator 'emocional' decisivo para resultados decisivos, como aquele 1x0. Jeitão militar de Bahia de colocar a casa em ordem.
PALESTRA II
Após o jogo desse domingo Barduzzi ressaltou que o agito de bastidores do derby impediu que Bahia fosse aos vestiários no intervalo. Coincidência ou não, os gols da vitória do adversário saíram no segundo tempo.
AUSÊNCIA
Tapera comandou, mais uma vez, o serviço de som no estádio Tonicão nesse domingo. Márcio Ribeiro, que recupera-se de cirurgia para retirada de uma hérnia, só deve reocupar o posto na Segunda Fase.
FUMAÇA
Torcedores do Atlético Assisense chamaram fiscal da Federação Paulista de Futebol para reclamar de fumaça artificial soltada por rivais, no outro setor de arquibancadas. A reclamação foi passada ao quarto árbitro, que visivelmente sinalizou que aquilo, na realidade, não competia à arbitragem controlar, desde que não prejudicasse o andamento do jogo.
FUMAÇA II
Na realidade, foi bom para o próprio Atlético Assisense que nada ficasse relatado em súmula. Afinal, em circunstâncias como o uso de sinalizadores, proibidos por lei em estádios, quem paga a penalização é o clube mandante. Mesmo que o artefato seja utilizado pela torcida adversária. A responsabilidade, pois, pela entrada das substâncias no estádio é do mandante. E quase o tiro saiu pela culatra.
ZERADO
O blogueiro, nesse domingo, perdeu o controle sobre as anotações relacionadas às estatísticas do derby. Inúmeros registros feitos simultaneamente, nas arquibancadas, impediram precisão nessa forma de quantificar o jogo. Valeu a pena, principalmente pela interação com torcedores que revelam-se raros & excetos leitores. Muitas, mas muitas boas histórias relacionadas ao futebol da cidade.
SERÁ?
Jornalista esportivo que estava em José Bonifácio interagiu, via mídias sociais, com o blogueiro. Queria saber como estava o jogo no Tonicão. O motivo: o jogo lá, em Bonifácio, estava feio de ver no primeiro tempo. Grêmio Prudente, de novo, não jogou futebol condizente aos 5x2 do placar final.
NOTA DEZ
Para as quatro torcidas organizadas que foram ao Tonicão nesse domingo. Apoiaram os dois times, fizeram provocações, normais, porém não protagonizaram nenhuma confusão, dentro ou fora do estádio.
NOTA ZERO
À Prefeitura de Assis, que não consegue sequer fazer funcionar, plenamente, o setor de bilheterias do eternamente inacabado estádio Tonicão. Incompetência plena.
IMAGEM DA SEMANA
DA PAZ - Dentro de campo os jogadores fizeram a parte que lhes competia. Fora dele, a torcida fez a parte dela. E nesse domingo o Derby da Paz mobilizou a cidade. Famílias inteiras foram ao estádio Tonicão e fizeram um Dia dos Pais diferente. Talvez não haja quem conteste a dignidade da vitória do Vocem, realmente superior, ao menos nesse confronto. Igualmente, talvez não haja quem duvide que a partir de agora o trabalho dos dois clubes da cidade passe a ser apoiado de forma equânime. Ambos levam o nome da cidade de Assis para a cidade ou a região onde estão seus adversários, e isso, politicamente, significa muito. E não estamos falando de política na forma mais podre, mas, sim, de uma política simbólica, que demarca território de forma positiva. Quando um time vence, é o nome da cidade que está em questão. Se perde, também. Assim, que a partir desse 9 de agosto de 2015 Assis tenha, novamente, a cultura do preenchimento das arquibancadas em jogos mandados por Vocem ou Atlético Assisense. Arrecadação com bilheteria não paga salários nem vai para a infra-estrutura de clubes, mas, com certeza, viabiliza que a cada espetáculo as condições de recepção aos torcedores, essência da existência do futebol, sejam melhoradas, aprimoradas. As duas horas que se passa dentro de um estádio representam momentos de vida em comunidade, tão essenciais para cada sujeito social. Hoje, somente 26 cidades paulistas têm o privilégio de ver seus clubes disputando a Segundona 2015. Daqui a uma semana, serão somente 11 cidades. E Assis é a única que poderá ter dois clubes no certame.
3 comentários :
Boa Tarde Sr.Claudio Messias
Resposta a Casa Lotada II
Favor ler decreto n 6.327, de 15 de Abril de 2013.
Felicidades!!Abraço!
Prof.Márcio Correia dos Santos
Resposta a Nota Zero
Conforme exigengia do Corpo de Bombeiros e Policia Militar foram feitos 2 portões as laterais das bilheterias do Tonicão(INCLUSIVE AQUISIÇÃO DE CATRACAS).Cabe ao Clube mandande a organização,direção e controle da entrada do público no Estádio
Resposta Casa Lotada IV
Infelizmente você não é um esportista,se acompanhasse Estádios padrão FIFA,Complexos Esportivos Olimpícos iria perceber que o volume de pessoas quando é alto,infelizmente a um congestionamento nos mesmos.Restrições são de outras situaçõs.Caso queira mostramos como estava e como está.
Felicidades!!Abraço!!Saudações esportivas!!
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