RESISTÊNCIA
A greve nacional deflagrada pelo comando instalado em Brasília e com início previsto para a quinta-feira, 30 de maio, nas universidades federais, não teve adesão aqui em Campina Grande, ao menos no início. Assembleias realizadas nos campi da UFCG apresentaram o surpreendente resultado de 178 votos por não adesão e 174 votos pela adesão. Quatro votos de abstenção desempataram.
RESISTÊNCIA II
Foi uma das assembleias com maior quórum na história da UFCG. Pesa contra a adesão à greve nacional o fato de o calendário acadêmico ainda estar ajustado à compensação pela paralisação de 2012, processo que seria completado somente em dezembro próximo. Além disso, no discurso docente é preciso compreender que o acordo que colocou fim à greve de 2012 está sendo cumprido pelo governo, em um cronograma de ajuste de salários que se estende por mais dois anos.
RESISTÊNCIA III
No entanto, alguns campi da UFCG em que há predomínio de professores favoráveis à greve nacional começam a dissidir da decisão tomada em Campina Grande. Patos, no interior, é uma dessas unidades que fez assembleia complementar e decidiu parar. A tendência é que nessa semana, pós-feriadão, as assembleias sejam retomadas e o movimento ganhe força não só em Campina Grande, mas nas demais universidades federais de todo o país.
SECA
Muito se fala sobre a seca que após 30 anos volta a assolar aqui, o Nordeste. Pouco, porém, se divulga sobre o impacto de chuvas na reversão, ou não, da situação dos reservatórios. Nesse domingo, fazendo o papel que deveria ser cuidado por jornalistas de Campina Grande, acessei, via internet, os dados sobre o impacto das chuvas de junho em açudes como o do Boqueirão, complexo que abastece ao menos dez cidades dos arredores. Em apenas meia hora o Blog foi acessado mais de 300 vezes e compartilhado outras dezenas de vezes, via redes sociais.
SECA II
Hoje, a Agência Executiva de Águas da Paraíba, que monitora os reservatórios, confirmou o que o Blog divulgara nesse domingo. Ou seja, 56 milímetros de chuvas acumuladas no final de semana prolongado pelo feriado de Corpus Chirsti, ou o correspondente a 19% do previsto para o mês de junho inteiro. O detalhe triste é que as chuvas que caem na cidade de Campina Grande não abastecem o sistema Boqueirão, onde choveu menos de 6 milímetros no mesmo período.
SÃO PEDRO
O Maior São João do Mundo foi aberto na noite de sexta-feira e teve, digamos, as mãos de São Pedro. Meia hora após a queima de fogos, que marcou a abertura oficial, por volta de meia-noite, começou a chover forte no Parque do Povo, em Campina Grande. Ninguém, porém, arredou pé do Parque do Povo, que teve, em média, público de 20 mil pessoas para a apresentação de Luan Estilizado, aquele que quando competiu no programa Super Star, da Globo, em 2014, ainda tinha banda e respondia como Luan e Forró Estilizado.
SÃO JOÃO
O Maior São João do Mundo terá, sim, 30 dias ininterruptos de duração. Especulou-se, com a falta de água dos últimos meses, uma redução no calendário. Mas, o evento foi mantido em sua programação integral. O que não haverá, mesmo, é apresentação de shows artísticos que atraiam grande público. Isso, nas noites das segundas, terças e quartas-feiras. Ou seja, de quinta a domingo, apresentações de peso nas três primeiras semanas. Na semana em que se comemora o Dia de São João, calendário normal, com shows todas as noites. Entre as atrações, Elba Ramalho, dia 23, véspera de São João.
Ô, ZÉ
A Ministério do Turismo apertou o rigor para a concessão de verbas que financiem apresentações artísticas em eventos que integrem o calendário nacional de eventos, em parceria com o Ministério da Cultura. Coincidentemente, o cantor Zé Ramalho cancelou o principal show do Maior São João do Mundo, aqui em Campina Grande. Ele faria apresentação no dia 24 de junho, justamente o Dia de São João.
NA MÃO
Como comentado em coluna anterior, meu carro chegou, via cegonhão, desde Assis. Passou, nesse ínterim, por São Bernardo do Campo, Belo Horizonte, Salvador, Aracaju, Maceió e, enfim, Campina Grande. Cá chegou no dia 29 de maio. Um dia depois, conferência de itens rotineiros como óleo e água. E um alerta: a viscosidade do óleo estava sob suspeita, mesmo com a troca ainda não tendo completado 5 mil km (vale ressaltar que a distância de 3 mil quilômetros entre Assis e Campina Grande foi feita com o carro parado, sobre o cegonhão).
NA MÃO II
A troca de óleo havia sido feita em Assis, na Petrolonghini, no mês de dezembro, por minha esposa. Enfim, no dia 30 de maio segui para Recife, com o carro, para buscar a família, que chegara no aeroporto de Jaboatão dos Guararapes, vinda de Presidente Prudente (os voos para Campina Grande foram desativados pela Azul em 10 de maio). Passamos a noite em Recife e no domingo, dia 31, seguimos para a Ilha de Itamaracá, para um domingo de praia. Ao seguir para João Pessoa, onde passaríamos a segunda-feira, o carro parou na altura do distrito de Itapissuma, 15 quilômetros à frente do município de Igarassu, comarca da Ilha de Itamaracá, na BR-101.
NA MÃO III
Era quase 16h00 e todas as luzes do painel do carro acenderam só depois que o motor parou. Recorri a um mecânico que reside nas proximidades. Solidário, ele foi até o carro e comprovou: o excesso de viscosidade do óleo entupiu a bomba, que por sua vez não mandou lubrificação para a parte de cima do motor. Causa provável: carbonização do motor. Seguro acionado, carro veio de guincho para Campina Grande, e a família, de táxi. E fim do plano de passar a segunda-feira nas praias de João Pessoa.
NA MÃO IV
Na segunda-feira, dia de oficina, a comprovação de que realmente o óleo, mineral, foi o responsável pelo transtorno. Não estava vencido, mas, em contrapartida, não era o tipo recomendável para o motor de um Fiat Siena. Aprendi, pois, que óleo para esse tipo de motor, flex, tem de ser sintético. E esse aprendizado custou caro: R$ 4.600,00 pela retífica completa do motor, já com a revisão de todos os itens, sabendo que esse valor não retorna na vindoura troca do veículo. Sem culpados, mas, sim, com lições sobre onde, a partir de agora, fazer a troca rotineira de óleo.
NA MÃO V
Peguei o carro, já com motor retificado, na sexta-feira, 5 de junho. Com recomendação de não passar dos 100 km-h (orientação desnecessária, pois via de regra não ultrapasso os limites estabelecidos em pista), fui a Recife levar a família para o retorno, via Azul, para Prudente. Fiz o bate-e-volta e, exatamente no trecho em que o carro havia quebrado, em Itapissuma, uma perua Kombi que transporta turistas para a Ilha de Itamaracá estava com o pisca-alerta ligado e todos os passageiros em pista. Como meu filho Júlio posteriormente comentou, com humor, trechinho com ar de Ilha de Lost.
LEI DO SILÊNCIO
Cheguei a Campina Grande há quatro semanas e encontrei o Campeonato Paraibano em andamento. O meu Campinense estava com folga na frente no Quadrangular final, vantagem ampliada no jogo que assisti, no estádio Amigão (vitória por 2x0 sobre o Auto Esporte). Mas, a derrota para o Botafogo, da capital, e o empate no jogo de volta com o Auto Esporte apertou a briga pelo título. Faltando dois jogos para o fim do torneio, Campinense tem 7 pontos e o Botafogo, 6. Treze e Auto Esporte tê, cada um, 4 pontos e brigam por fora.
LEI DO SILÊNCIO II
Há muita polêmica no Paraibano, que em qualidade técnica e tática lembra, apenas, a Série A-2 do Campeonato Paulista. Desde que cheguei já vi bandeirinha fazer provocação racista a jogador do Treze no clássico com o Botafogo e revoltar até mesmo os jogadores adversários, além de um dos impedimentos mais absurdos da história, que impediu o Campinense, na semana passada, empatar o confronto direto com o Botafogo, em João Pessoa. Nesse ínterim, o Botafogo também aprontou das suas nos bastidores, insinuando que a equipe do Campinense pudesse estar jogando sob efeito de dopping, mas esse assunto não teve sequência na Federação Paraibana de Futebol.
LEI DO SILÊNCIO III
Passada a fase de bate-boca, os dois clubes de Campina Grande adotaram a estratégia de não mais falar com a imprensa, nem abrir os treinos ao público. Silêncio total para Campinense e Treze. O primeiro quer fazer valer a vantagem e, no jogo de returno contra o Auto Esporte, dar o passo definitivo para garantir o título. Já o Treze depende de tropeços de Campinense e Botafogo, com quem tem confronto direto nessa quarta-feira, em casa, para ainda sonhar com a taça, mesma situação do Auto Esporte. Treze e Campinense fazem o Clássico dos Maiorais na última rodada do quadrangular, valendo, certamente, o título.
EITA!
Recebi, via Google Analytics, a notificação de que o Blog está próximo de completar 1 milhão de visualizações. Eu disse visualizações, e não acessos. Há, no momento, 971 mil leituras de páginas com os conteúdos postados desde 2013, quando reativei o Blog (criado em 2007). Os acessos são 137 mil, no momento, o que indica que cada visitante lê, ao menos, 7 conteúdos postados. Em números consolidados são mais de 8 mil os internautas que visitaram o Blog ao menos duas vezes nesses últimos três anos.
DERBY DA PAZ
Torcedor do Atlético Assisense contestou a informação de que houve violência nas provocações entre vocemistas e atletiquenses após o derby de sábado passado. Segundo ele, tais discussões fazem parte do universo do futebol, dos esportes, e são saudáveis. Verborragia, é bom que se diga, é uma forma de expressão violenta pela linguagem. E são inúmeros os casos conhecidos e lamentados de torcedores que iniciaram discussões nas redes sociais e acabaram consumando confronto físico, inclusive com mortes, nos caminhos de ida ou volta de estádios. Quando, pois, o blogueiro teme a violência, refere-se a esse necessário momento de reflexão, para que Vocem e Atlético Assisense não saiam das manchetes esportivas para os destaques policiais.
MAQUIAGEM
A pintura do Tonicão dá semblante novo ao eternamente inacabado estádio de Assis. E comprova que planejamento é um detalhe que passa longe na cabeça de quem faz a gestão do esporte na cidade. Basta ver que primeiro foram colocadas cadeiras plásticas sobre o cimento das arquibancadas que, agora, receberam tinta. Nesse ritmo, primeiro serão compradas as lâmpadas, para depois ser pensado na estrutura para implantação do sistema de iluminação. Essa Sucupira do Vale...
NÉ?
Raro e exceto leitor perguntou, por e-mail, como eu, estando em Campina Grande, a 2.800 km de Assis, soube que após o jogo Vocem 0x2 Grêmio Prudente somente a rádio Comercial AM, de Prudente, ecoava nas cabines de imprensa do Tonicão. Especificamente esse visitante do Blog saberá entender bem o que vou dizer: a rádio Fema FM, meia hora após o jogo, já rolava a programação normal. Enquanto isso, a Comercial AM entrevistava, nos vestiários, o técnico Tupãzinho. Transmissão esportiva é igual a casamento: tem que começar antes e terminar depois: na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na vitória e na derrota, até que o desfecho do campeonato os separe. É isso, ao menos, o que o torcedor espera, pois nem só de notícia boa vive o jornalismo.
BAMBAM
Na tarde do sábado 30 de maio, enquanto aguardava a família desembarcar no aeroporto de Recife, ouvia Vocem x Grêmio Prudente na transmissão da Comercial AM, de Prudente, via aplicativo no celular. Fui, na ocasião, vestindo camisa do Vocem que ganhei do presidente Edson Fiúza, o troglodita, em janeiro passado, ocasião em que colocamos os pingos nos is e, desde então, nos acertamos acerca de mal entendidos e especulações, infundadas, datadas de 2014 e alimentadas por bobos-da-corte que, hoje sei, em nada têm a ver com a diretoria do Esquadrão da Fé.
BAMBAM II
No trânsito entre o estacionamento e a área de desembarque do aeroporto, na capital pernambucana, um senhor com volumoso bigode e uma careca brilhante passou por mim, olhou fixo no brasão da camisa, ameaçou dar uma parada, mas prosseguiu. Metros adiante, fez meia-volta e veio em minha direção, olhando fixamente para a camisa bronco e grená que eu vestia. Perguntou: "esse time é de Assis, no interior de São Paulo, é isso?". Respondi que sim, era do Vocem, e devolvi a pergunta: "por quê?". Mas, em vez da resposta veio outra pergunta: "você só tem essa camisa, é?. O Vocem ainda existe?". Respondi que sim, a camisa era o único exemplar e o Vocem havia voltado ano passado.
BAMBAM III
Aquele senhor seguiu à empresa que faz mediação de táxis no aeroporto e, apenas com uma mala com alça de ombro na cor azul escuro, disse, já de costas: "joguei lá". Ao dirigir-se para o táxi na companhia da funcionária da empresa, voltou e deixou um cartão de visitas, já surrado, e vendo meu semblante de quem nada entendia, completou: "o emprego mudou, mas o endereço é o mesmo. Se puder, me mande uma camisa do 'Vocém'. Pode ligar nesse telefone e combinamos o preço. Coloque em Sedex a cobrar". O cartão era de Agnaldo de Jesus, no bilhete identificado como técnico do Vênus, de Abaetetuba, do Pará. Contato mantido, hoje sei que Agnaldo, que jogou no Vocem na década de 1990, é o comandante do Clube do Remo, no Pará, agremiação que deixou por curto período no segundo semestre do ano passado e para a qual voltou visando à disputa da Série D, estreando dia 12 de julho contra o Vilhena, em Rondônia. Sua camisa do Vocem está, nesse momento, a caminho.
NOTA 10
Para o Banco do Brasil Seguros, que amparou a mim e minha família quando do incidente que, soube depois, danificou o motor de nosso automóvel, dia 31, na BR-101. Demorou quase três horas, mas tivemos o carro colocado em guincho e viemos a Campina Grande, por mais de 200 quilômetros, em táxi providenciado pela seguradora. Foi a primeira vez que tive de acionar esse tipo de serviço e, agora, não tenho outra conclusão a tirar que não seja: bendito seja o seguro.
NOTA ZERO
Para o governo federal, que menos de cinco anos após, dentro do Programa de Aceleração do Crescimento, ter duplicado rodovias federais, como a BR-101, desde então simplesmente abandonou a malha viária em trechos como o que cruza Recife. Pistas esburacadas, sinalização deteriorada, enfim, ausência total do Estado. Cheiro no ar de circunstância para fazer jus ao repasse das rodovias à iniciativa privada. E dá-lhe pedágio!
IMAGEM DA SEMANA
BAIANA NA BANCADA - Quando de minha passagem pelas redações da vida testemunhei o início de carreira de vários jornalistas, hoje ocupantes de cargos nas mais variadas empresas de comunicação do país. Alguns deles foram repórteres meus na época de editor, suportaram broncas e puxões de orelha, mas, também, elogios. Construções, pois, necessárias para uma trajetória profissional tão peculiar como a de um comunicador. Em 2008 pude experimentar outro tipo de testemunho nessa formação de profissionais da comunicação. Docente, iniciei na carreira do ensino superior lecionando na Uniesp, campus de Presidente Prudente. E naquele ano um aluna se destacava pela humildade, pela seriedade nos estudos, mas acima de tudo, pela empostação de voz e um sotaque simplesmente lindo. Lucivalda Castro, baiana, era atendente de telemaketing do Estadão, grupo para o qual, anos antes, eu havia prestado meus serviços de jornalista. E nessa interação de experiências mútuas seguíamos nossa relação professor-aluna naquele curso de Jornalismo. Ela logo iniciou, depois de formada, na Band Prudente, como repórter. A partir de então, Luci Castro não mais parou sua trajetória. Um de seus mais recentes degraus profissionais foi vencido nesse sábado, com a estreia na bancada do Band Cidade. Mais um de tantos outros degraus que essa baiana tem a subir na linda trajetória profissional que caracteriza sua história. Quis a ironia do destino que hoje Luci Castro, 'sudestina', vê-me cá, um nordestino. Ela, saindo da Bahia e realizando-se no interior paulista, eu saindo do interior de São Paulo e efetivando-me servidor público federal na Paraíba. Jamais canso-me de elogiá-la, por razões óbvias, que perpassam pelo merecimento.
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