Cláudio Messias*
A revista Exame trouxe na publicação online de hoje, 29 de julho, a versão mais atual do ranking das 50 melhores cidades brasileiras para se viver. Não, os parâmetros não são traçados pela publicação da editora Abril, a mesma de Veja. Trata-se de uma lista de cidades que, em conformidade com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da ONU (Organização das Nações Unidas), aponta localidades onde prevalece uma qualidade de vida melhor.
Assis continua na lista das 50 melhores cidades brasileiras para se viver. Não sou eu quem diz, não é a Exame. É a ONU. Quem quiser contestar, que aponte elementos mais contundentes do que o IDH, que é a somatória de índices de investimento/resultados feitos/atingidos em educação, saúde, infra-estrutura urbana e, elementarmente, empregabilidade familiar. O discurso pessimista, reticente, incrédulo, pode e deve questionar, mas ainda precisa saber de um outro detalhe: Assis não é a 50ª melhor cidade para se viver; é a 28ª.
Publico e replico essa notícia, fresquinha, como forma de continuar respondendo às provocações que recebo sobre minhas publicações feitas aqui no Blog e na época em que colaborava como colunista no Assiscity de minha amiga Bruna Fernandes. Assis é, definitivamente, uma joia do interior. Pode não ter o desenvolvimento da surpreendente São Caetano do Sul, mas, em contrapartida, está fora da zona de crescimento irracional que sai da Grande São Paulo e avança interior afora abocanhando as regiões de Ribeirão, Campinas, Botucatu e Bauru, que ganham a condição de cidades interioranas com os problemas sociais da capital.
Preciso esmiuçar melhor as estatísticas envolvidas nesse Top 50 em que Assis encontra-se no Brasil. Posso dizer que Assis estava na 36ª posição em 2000, ou seja, avançou 8 posições no ranking da ONU. Nosso IDH é 0,805, compatível com a média nacional que faz com que o Brasil esteja entre as 80 melhores nações do planeta para se viver.
*Professor universitário, historiador e jornalista, é mestre em Ciências da Comunicação pela ECA/USP.
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