segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

FISCALIZAÇÃO ELETRÔNICA - 29DEZ


FUTEBOL FORTE

O Vocem vai precisar gerar receita de R$ 100 mil mensais 'úteis' em 2015 para concretizar o plano inicial de ficar entre os 8 melhores clubes da Segunda Divisão do Campeonato Paulista de Futebol. Metade das despesas referentes a esse orçamento será consumida pela comissão técnica, capitaneada pelo competente Sérgio Caetano, o melhor treinador que já vi passar por Assis nessa trajetória de 31 anos pelo esporte profissional da cidade. Entenda-se por meses úteis o período de disputa oficial da Segundona, de abril a novembro.

FUTEBOL FORTE II

A receita de R$ 100 mil condiz exatamente aos custos com as peças-chave que agregarão ao denominado Projeto Vocem Forte em 2015, lançado semanas atrás pela diretoria. Nesse caso, as verbas também serão específicas, advindas, por exemplo, de outro projeto complementar, o Sócio-torcedor Mariano, que está nas competentes mãos de Fábio Manfio, hoje vice-presidente da agremiação. Trata-se, pois, de uma ação de marketing complementar ao que o Vocem já custaria para disputar a Segundona em 2015.

FUTEBOL FORTE III

Soube diretamente de Edson Fiúza, o troglodita, a lista de contratações já acertadas para a disputa da Segundona 2015. A pedido da fonte primária, contudo, não posso listar nomes, uma vez que os contratos começam a vigorar entre o final de janeiro e o início de fevereiro, após os exames médicos admissionais. Claro que a coceira jornalística fala mais alto e, contrariando Fiúza, vou ao menos revelar um contratado certo, uma vez que já passou por Assis e, agora, troca de camisa. Jaílton, o Jailgol, apalavrou com a diretoria e teve o nome aprovado por Sérgio Caetano. Será um dos cartuchos que o Vocem queimará com jogadores acima de 23 anos.

FUTEBOL FORTE IV

Não passei o calendário futebolístico de 2014 em Assis e, assim, não tive oportunidade de conferir nomes que, tendo enfrentado o Vocem na temporada passada, foram contratados pelo Esquadrão da Fé. Uma coisa, contudo, me acalenta. Sérgio Caetano chegar para a diretoria e confirmar que o time montado terá uma das 4 vagas do acesso à Série A-3 de 2016. Treinador tem o meu respeito por não falar em títulos, mas, sim, de acesso. Ser campeão da Segundona será mera consequência de um trabalho profissional organizado com antecedência. Ele quer o acesso, eu quero o título. Razão e emoção trilhando nesse maluco universo do futebol.

DERBY

Além de Vocem e Atlético Assisense o Médio Vale terá outro representante na Segunda Divisão de 2015. O Esporte Clube Paraguaçuense reconstituiu diretoria, formalizou documentação na Federação Paulista de Futebol e está apto a ir ao Conselho Arbitral, previamente programado para a semana de 26 a 30 de janeiro. Duas outras cidades mobilizam igualmente as políticas para retornar: CAC, de Cândido Mota, e o PAC, de Palmital. Nesses dois casos, porém, as notícias saídas da FPF não são nada animadoras, uma vez que o investimento necessário fica totalmente fora das possibilidades financeiras de agremiações que ainda não têm projeto estrutural pronto.

DERBY II

Estive em Paraguaçu nesse final de semana e ouvi de cronistas esportivos de lá, amigos de longa jornada futebolística desde os tempos de cobertura da Série A-2, que o projeto do Azulão começa modesto. Ou seja, disputar a temporada 2015 reestruturando a agremiação e pensar em disputa racional de vaga na A-3 somente em 2016. A explicação para a política de precaução deve-se a fatores que não dependem do clube, como a regularização do estádio municipal "Carlos Affini", que dificilmente se enquadrará, de imediato, às novas normas de segurança impostas pela CBF e rigorosamente fiscalizadas pelo Corpo de Bombeiros a partir de 2013.

DERBY III

Para que haja o tríplice derby regional entre Azulão, Falcão do Vale e Esquadrão da Fé será necessário, em 2015, que os clubes apresentem situação regularmente formalizada na Federação Paulista de Futebol. Um simples débito em uma das circunstâncias julgadas no TJD em 2014, por exemplo, deixará uma agremiação de fora, de maneira que, diferente do ano passado, não sejam mais dados prazos para tais regularizações. E, sim, há clube da região devendo na Federação. E é esse o tipo de amadorismo que condeno no universo do futebol. Clube que quer subir precisa parar de ter pensamento de quem só desce.

TRÂNSITO LIVRE

Dia desses um representante da diretoria do Vocem esteve na sede da Federação Paulista de Futebol. Foi fazer o que é de praxe para um procurador de clube que tem projeto profissional: fazer a política da boa vizinhança e saber de eventuais novidades. Chegou à portaria, apresentou-se e foi aos departamentos costumeiros. Surpreendeu-se quando foi chamado para um café no andar da diretoria executiva. Dialogou com o alto escalão, trocou cartões de visita e apresentou, depois, aos diretores de Assis a melhor das impressões. Não por acaso, esse mesmo procurador tem a documentação integral do Vocem referente a 2014: todas as despesas pagas, quitadas, bem como os acertos trabalhistas e com impostos. Clube assim, claro, é bem recebido em qualquer lugar.

AGREGANDO

Já foi aberto o segundo grupo do Vocem no Whatsapp. Idealizado por Roberto Credin, o palmeirense mais chato do chiqueiro, o clã do Esquadrão da Fé tinha, até ontem, 108 membros. A meta é fechar cinco grupos iguais a esse até o início do campeonato. Estratégia de marketing, pois o Vocem usará as redes sociais para comercializar o programa Sócio-Torcedor, projeto que Fábio Manfio mantém sob segredo a várias chaves.

MANTOS

Recebi nesse sábado, 27, a camisa oficial do Vocem. O rebatismo, como foi chamado, foi motivo de conversas nas redes sociais. Ironias à parte, vestir a camisa do Vocem tem um significado importante. Primeiro, significa que passei a conhecer, em detalhes, o projeto de Edson Fiúza para o clube mais tradicional da cidade. Em segundo lugar, Fiúza e parte da diretoria puderam confirmar que no meu papel de blogueiro e jornalista, o que fiz em 2014 foi acompanhar o passo a passo de um tumultuado ano vocemista. Querer ser mais engraçado que a piada, definitivamente, não é meu papel.

MANTOS II

Mas, como Assis é a Sucupira do Vale, claro, não faltaram torcedores do Atlético Assisense a me criticar pela decisão de, em 2015, torcer pelo Vocem. Fui tachado de vira-casaca, traidor e oportunista, como se quisesse usar o Vocem para atrair audiência para o Blog. Li, ouvi e aceitei as críticas, pois cada lado tem lá sua razão. O que posso dizer, apenas, é que a única camisa do Atlético Assisense que tenho recebi das mãos de Fábio Manfio, que trouxe-me e recusou-se a receber os R$ 60 que a peça valia à época. Fábio, como eu, acreditava, naquela época, em um projeto que, mesmo amador, podia ser estruturado para ganhar profissionalismo. Pois é Fábio Manfio, meu compadre, quem protagonizou o episódio definitivo que fez-me rever o apoio futebolístico em Assis, antes mesmo do findar da temporada 2014. Estamos juntos no Vocem, e por uma causa justa.

EM TEMPO...

... não faço a mínima questão que o Blog tenha 100, 1000 ou 10000 acessos. O que aqui escrevo tem, sim, de agradar a alguns e a desagradar a outros. Não escrevo para agradar ou desagradar. O que não faço, reitero, é tolerar mentiras. Talvez isso atraia os mais de 110 mil curiosos que por esse espaço passaram desde que o reativei, um ano atrás.

NAS ONDAS

Com a força comercial com que Vocem e Atlético Assisense mobilizaram a Sucupira do Vale em 2014 surgiram ações otimistas de cobertura do futebol profissional de Assis em 2015. A novidade Rádio Assiscity Online deve ser repetida, mantida, ao passo em que a rádio Cultura já começa a revisar os equipamentos para reativar a equipe de esportes. José Camargo, o Zé Pecado, tem apalavrado acordo de apoio à diretoria do Vocem e anuncia para a temporada a contratação de uma nova equipe de transmissão. O objetivo é dar oportunidade de revelação a uma geração de jornalistas formados pelo extinto curso de Jornalismo da Fema. Nestário Luiz, um dos maiores talentos do jornalismo esportivo local, merece uma chance.

NAS ONDAS II

A Rádio Assiscity Online tende a continuar com a dupla Augusto César e Carlos Perandré no comando.

MAQUIAGEM

O mercado imobiliário de Assis continua a assustar. A bolha provocada por investimentos não completos integralmente começa a preocupar quem é do ramo. Há famílias da cidade que mantêm propriedade em terrenos de quatro condomínios de luxo locais e já acumulam perdas patrimoniais importantes. A explicação continua sendo um só fator: o cidadão vai lá, acredita no projeto de um empreendimento, compra sua área e ali investe algumas centenas de milhares de reais. Surge outro empreendimento e o mesmo sujeito muda, comprando nova área, construindo e mudando-se. Só que o investimento anterior não volta, de maneira que gere custos com condomínio, tributos, além da desvalorização natural implicada do envelhecimento do imóvel e da incompletude estrutural do empreendimento. Só que vem, nessa sequência, o terceiro condomínio de luxo e aquele mesmo cidadão muda novamente, investindo tudo de novo e gerando um ciclo em que seu poder de aplicação, além de esgotar, inicia um caminho contrário de tentativa, geralmente vã, de cobrir os custos com o que ficou para trás.

MAQUIAGEM II

Na prática, o que se vê na cidade são condomínios não totalmente urbanizados, no sentido da ocupação integral das áreas disponibilizadas. Exemplo disso é um dos mais propalados dos últimos 10 anos, que acaba de ter a casa número 90 integralmente concluída e entregue pelo construtor, para que o mais novo condômino passe o 'reveión' na casa nova. Tudo seria lindo e maravilhoso não fosse um detalhe: o empreendimento prevê 250 casas de alto padrão e vê, na primeira década, 90 construções concluídas. Haveria, pois, chão para completar integralmente o loteamento, desde que a cidade não estivesse recebendo dois novos condomínios de altíssimo padrão. E essa sinérese só aumenta o abismo existente entre o que se projeta de prosperidade econômica para a cidade e a real situação daqueles que ao menos no discurso retêm a concentração de capital flutuante no município.

UM FAZ DE CONTA...

Um dos principais empresários do setor de construção civil de Assis, ranqueado como um dos destaques do país nos últimos 20 anos, tirou de foco mais um empreendimento que daria à cidade um mega center empresarial. Mais completo que shopping center, esse tipo de centro comercial reúne centro de convenções, área para grandes shows aproveitando o setor de estacionamento, centro de gastronomia, cinemas e, claro, lojas. Mas, para quem ainda não entendeu o enunciado, o projeto, que já estava pronto, foi engavetado. O motivo: não há comerciantes e empresários com inteligência de negócio suficiente para adotar em conjunto um mega projeto dessa magnitude. Prefere-se brincar de casinha em condomínios de luxo.

... QUE ACONTECE.

E enquanto a acefalia comercial paira na cabeça mediana a visão empresarial próspera vem de fora. O grupo catarinense que responde pela Havan no Brasil vem, contrata a construtora assisense cujo proprietário é rankeado nacional e, entre uma visita e outra à cidade, decide bater o martelo. Deve, pois, fazer em 2016 o que a falta de ousadia tipicamente assisense inibe: fazer um megainvestimento na cidade. Duas áreas pertencentes ao engenheiro civil assisense estão sendo analisadas. Por ordem prioritária, estão: na saída da avenida Rui Barbosa para a SP-270 e no trecho em reformas da SP-333, entre o trevo da Unesp e o trevo do Cabral.

VAZIO

Chegando a Assis fui ao Plaza Shopping tomar um chope. Não havia, ainda, subido ao segundo piso após a reforma. Como era véspera de Natal, imagino que os cinco boxes fechados naquela praça de alimentação correspondam, realmente, a espaços disponíveis. Mesas lotadas, pessoas em pé esperando a liberação de lugares. E a cidade que sonha em ter 100 mil habitantes contentando-se com uma loja de departamentos adaptada para shopping center, sem espaço sequer para estacionamento. Ironias à parte, a rede Giraffas's também querendo tirar proveito de um perfil de consumo que só quem é de fora reconhece. Existe, pois, uma cegueira branca, como definiria Saramago, que paira sei lá por quanto mais tempo na visão comercial dessa cidade.

RESTOS

Recebi um desaforado e-mail, 'anônimo', acusando-me de ser desconhecedor da rotina da Câmara Municipal de Assis para, no "cá entre nós" da coluna anterior, ter sugerido que o Legislativo local subtraia do orçamento de 2015 o equivalente aos R$ 372 mil que 'sobraram' em 2014. Entre outras provocações o 'corajoso' autor da mensagem eletrônica, que diz me conhecer mas preferiu não revelar a própria identidade, afirmou, com razão, não ter visto a minha pessoa nas sessões da Câmara de 2014. Não só nas sessões de 2014, mas também nas de 2013, 2012, 2011. E certamente, não me verá tão cedo naquele espaço Legislativo, que não elege presidentes; apenas os define por convenção de clãs de poder.

RESTOS II

Não estive em corpo presente nas sessões, mas volta e meia, quando posso, vejo as transmissões online. E cada vez que abro a conexão com o espaço de transmissões das sessões da Câmara Municipal de Assis confesso que prometo a mim mesmo ter sido a última vez. Daí a minha retórica de que não por acaso não elegemos um deputado daqui, pois, não tenho dúvidas, não temos, mais, um político formal com perfil de quem nos representaria com a força necessária em uma Assembléia Legislativa ou na Câmara dos Deputados. Nossos políticos de Assis vão, por muito tempo, continuar saindo bem na foto somente ao paparicar os políticos de fora que eles mesmos trazem para roubar preciosos votos daqui. Devem olhar para os figurões de PT, PSDB e outras legendas, para quem mendigam emendas e verbas, e pensar: "um dia quero ser assim, igual a ele". Mesmo sabendo que tratar-se-á de mais uma das tantas utopias da Sucupira do Vale.

ATENDENDO A PEDIDOS

Haverá prefeitos felizes em 2015 no Médio Vale. O DER define no primeiro trimestre do novo ano, derradeiro mandato do PSDB no governo do Estado (pelo sangue do cordeiro, amém), os novos lotes de privatização de estradas paulistas. Na macro área que compreende os DERs de Assis, Marília, Bauru e Presidente Prudente, um dia chamada de Concessão Caipira, a iniciativa privada reinará. E quem faz trechos como Assis-Marília, Assis-Florínea e Assis-Paraguaçu Paulista pode colocar ao menos mais R$ 3 nas despesas de viagem para as próximas férias de verão. Prefeito bom é assim: pede pedágio e o governador, que é 'melhor ainda', atende.

CÁ ENTRE NÓS...

... em quem você votou para deputado estadual dois meses atrás mesmo? Sim, a provocação é uma ironia.


 CAUSOS DA SUCUPIRA DO VALE 

À base do 'perco o amigo mas não perco o causo', o episódio foi revelado por meu amigo Edmar Frutuoso, o eterno Zico da Santa Cecília, o craque que teria deixado Raí no banco da Seleção. Fábio Manfio, meu padrinho de casamento e companheiro de longas jornadas, desde uma infância em que rivalizávamos o meu Corinthians de Zenon, Casagrande, Biro-Biro e Solito, com o Palmeiras dele que tinha Luis Pereira e... bom, só Luis Pereira. Fabião e eu estudamos juntos no Clybas e jogamos futebol nos mais variados buracos da cidade. Não bastasse isso, fizemos Tiro de Guerra juntos e, que coisa!, trabalhamos juntos na Rádio Cultura. Afora muitas outras peripécias de molecagem, feitas em comum para um período em que ser criança e ser adolescente combinava com ser livre e, principalmente, ter juízo na cabeça.
Mas, vamos ao episódio narrado por Edmar e confirmado por Fabião. Eis, pois, que o protagonista comprou uma filmadora. Ele, Fábio Manfio, sempre foi fascinado por filmes. Era na casa dele que íamos assistir filmes de terror na novidade da época, o video-cassete. E íamos em uma cambada que reunia Iraí, Marcinho Zé da Faca, Tilim, Osvagner, Joelson Branco de Moraes, Márcio Fofão, Altair, entre tantos outros. Mas, já adulto e pai de família, Fabião comprou uma filmadora. Barato não pagou, pois queria uma câmera completa, com alta definição e tudo mais. Aquele bem precioso não podia ficar 'dando sopa'. Logo, quando viajasse, Fabião, em vez de levar o equipamento para rergistrar os momentos, preferia mantê-lo seguro, menos exposto. Mas, e se entrasse um ladrão na casa e levasse a máquina? Claro, o jeito era escondê-la.
Naquela viagem com a família, tão esperada, meu amigo não teve dúvidas. Pegou a máquina e a colocou dentro do forno elétrico. Afinal, que ladrão leva formo elétrico de uma casa quando a invade? E lá ficou a máquina, guardadinha.
No retorno da viagem não teve invasão alguma de ladrão. Casa intacta, todos cansados e exaustos dos longos quilômetro percorridos, nada melhor do que descongelar uma pizza e devorá-la. Forno pré-aquecido, pizza colocada por 20 minutos e, quando servida, o acompanhamento de um cheiro de plástico queimado. E a lição de que ser criativo é uma coisa, mas ser esquecido é outra, bem pior.

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